Atlético-MG expõe falhas do Flamengo e vence fora com autoridade

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Atlético-MG expõe falhas do Flamengo e vence fora com autoridade

Gol de Cuello sela triunfo que obriga o time carioca a reação fora de casa 

📷 Reprodução: X (Twitter) - Atletico

O Atlético-MG saiu do Maracanã com mais do que uma vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo, nas oitavas de final da Copa do Brasil: levou na bagagem o domínio estratégico de um confronto que, ao menos em tese, colocava um dos maiores orçamentos do país como favorito. Diante de mais de 60 mil torcedores, o time mineiro soube frustrar o volume rubro-negro e foi eficaz quando precisou, com Cuello aproveitando um erro de saída de bola para decidir. Em 2025, um ano em que as margens de erro são cada vez menores, o Galo demonstrou precisão no que propôs.

Cuca desenhou um Atlético compacto e atento aos mínimos espaços. Ao inverter o posicionamento de Menino e Saravia, ganhou um corredor mais sólido na direita. Alan Franco praticamente colou em Plata, Lyanco e Alonso cercaram Pedro com autoridade, e a pressão na saída de bola do Flamengo surtiu efeito. A troca de passes rubro-negra perdeu fluidez, e o encaixe mineiro se mostrou eficiente: 20 desarmes e 10 defesas de Everson traduzem a aplicação tática do visitante. Embora tenha perdido volume ofensivo em relação ao último duelo entre as equipes, o Atlético compensou na consistência de sua execução.

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A vantagem mínima muda o cenário para o jogo de volta, em Belo Horizonte. Ao Flamengo, resta mais do que remontar o placar: é preciso retomar a contundência que marcou o primeiro semestre. Com 62% de posse e 17 finalizações, o time de Filipe Luís esbarrou na imprecisão e em uma defesa bem postada. A estreia dos reforços — Samuel Lino, Emerson Royal e Saúl — trouxe fôlego, mas ainda carece de entrosamento. O Galo, por sua vez, pode empatar que segue vivo. Cabe a Cuca decidir se repete o desenho cauteloso ou se buscará matar o confronto em casa.

Não é a primeira vez que o Atlético-MG surpreende o Flamengo em mata-mata, mas talvez seja a mais emblemática. Em meio a um calendário insano e cobranças por performance imediata, o que se viu foi um time operário, com papel bem decorado e entrega inegociável. Já o Flamengo, dono de uma das folhas salariais mais altas do continente, mostrou que investimento não substitui clareza de ideias. E, no futebol de agosto em diante, a ausência de ideias costuma cobrar um preço alto. Em noite fria no Maracanã, quem ferveu foi o time mais consciente do que precisava fazer. E fez. 

 

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Sábado, 02 Agosto 2025

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