Atlético-MG fracassa em casa diante do Juventude sem ambição ofensiva
Galo controla posse e pressiona, mas repete falhas decisivas em noite frustrante
O Atlético-MG não conseguiu transformar volume em efetividade e ficou no 0 a 0 contra o Juventude, nesta terça-feira, na Arena MRV, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time mineiro, dono de 67% da posse e 13 finalizações, esbarrou em erros de definição, duas bolas na trave com Rony e atuações seguras do goleiro Jandrei. O empate manteve o Galo em 13º lugar, com 29 pontos, a apenas dois da zona de classificação para a Sul-Americana. Do outro lado, o Juventude, que amarga quatro jogos sem vitória, chegou a 23 pontos e ocupa a 17ª posição, abrindo a zona do rebaixa mento.
Tecnicamente, a partida expôs o paradoxo atleticano em 2025: um time que retém a bola, mas pouco a transforma em situações de real perigo. Sampaoli apostou no 3-6-1, reforçando o meio, mas a previsibilidade dos cruzamentos e a lentidão nas trocas de passe minaram o impacto ofensivo. Dudu, Scarpa e Bernard alternaram boas arrancadas, porém insistiram em jogadas laterais sem penetração vertical. O Juventude, armado por Thiago Carpini no 4-4-2 compacto, limitou-se a travar os espaços e buscar contra-ataques raros, mas eficientes o suficiente para equilibrar a disputa em termos de perigo.
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O resultado pressiona os mineiros, que vinham de duas vitórias seguidas e ensaiavam uma recuperação. A frustração no duelo em casa reforça a percepção de irregularidade que marcou a campanha do Atlético desde o início do campeonato. A tabela, por ora, mostra o time distante da briga por Libertadores e sem fôlego para se desgarrar do bloco intermediário. Já o Juventude, ainda que tenha arrancado um ponto valioso fora de seus domínios, segue em situação delicada e depende de reação imediata para escapar da queda.
O Galo mostrou novamente que não lhe falta talento, mas convicção coletiva. A insistência em um modelo que privilegia posse sem profundidade dilui a força ofensiva e deixa o torcedor com a sensação de que a equipe joga menos do que pode. Em um Brasileirão que exige contundência, o Atlético não pode se contentar com domínio estéril. Empatar em casa diante de um adversário direto na parte de baixo da tabela é mais que tropeço: é um sinal de que o projeto esportivo precisa de ajustes urgentes, antes que o campeonato se transforme em mais uma temporada desperdiçada.
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