Bahia apaga passivo e mira receita recorde em 2025

EsportesDívida zerada

Bahia apaga passivo e mira receita recorde em 2025

Clube fatura alto, cresce além do previsto e sonha com estabilidade 

📷 Reprodução: X (Twitter) - netoecbtv

O Esporte Clube Bahia chegou à metade de 2025 como protagonista de um feito raro no futebol brasileiro: liquidar uma dívida histórica de mais de R$ 300 milhões. Sob a gestão do Grupo City, que assumiu o controle do Tricolor em 2023, o clube não só quitou compromissos passados como projeta uma receita superior a R$ 400 milhões neste ano, sendo R$ 360 milhões de origem operacional. O CEO Raul Aguirre, em entrevista à TV Bahêa, cravou: "Não temos dívida". No papel, o Bahia vive o presente que muitos clubes apenas projetam para o futuro.

No campo estratégico, a engrenagem financeira se apoia em pilares sólidos: crescimento acelerado das receitas (35% ao ano), boa performance na venda de atletas — R$ 84,2 milhões arrecadados até junho — e reformulação dos planos de sócios. A lógica de gestão é clara: gastar melhor, faturar mais e manter um elenco competitivo sem gerar novos passivos. Essa matemática, comum na Europa, ainda causa espanto por aqui. Mas o Bahia parece estar "com um olho no peixe e outro no gato", equilibrando desempenho esportivo com sustentabilidade econômica.

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A reverberação desse novo Bahia é forte no cenário nordestino. Em décadas de cobertura, vi muito clube da região se empolgar com promessas e naufragar em gestões desastrosas. O caso atual se distancia disso. A SAF tricolor já colhe frutos visíveis, num movimento que remete, com diferenças óbvias, ao ciclo de reestruturação do Fortaleza em 2019 ou até à arrancada do Vitória nos anos 90. Salvador assiste, entre desconfiada e esperançosa, ao nascimento de um modelo que pode redefinir os parâmetros do futebol no estado.

A euforia, no entanto, não pode virar rotina. Ainda falta testar essa estrutura em adversidades — que, no futebol, não demoram. A pressão esportiva continuará, sobretudo se os resultados em campo oscilarem. O Bahia "rico" terá que provar que também é Bahia "forte" nos campeonatos e nos bastidores. Por enquanto, a lição é de casa feita e caderno organizado. Mas, como se diz por aqui, boi sonso bebe água limpa. E o torcedor, calejado, sabe que confiança, no futebol, se renova a cada rodada.

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Sexta, 13 Junho 2025

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