Bahia projeta comando nacional da canoagem
Estado articula sede da Seleção Brasileira de Base em 2026
A Bahia voltou a ocupar o centro do debate esportivo nacional após o anúncio de que o estado pode se tornar a sede oficial da Seleção Brasileira de Base da Canoagem a partir de 2026. A revelação foi feita por Vicente Neto, diretor-geral da Sudesb, durante entrevista ao Projeto Prisma do Bahia Notícias. O programa Rede Baiana de Esportes, parceria entre governo estadual e Ministério do Esporte, nasce com a canoagem como modalidade piloto, movimento que reconhece uma década de resultados robustos e o protagonismo de atletas baianos no cenário internacional.
O recorte técnico explica a escolha. A Bahia consolidou um ecossistema competitivo raro no país, sustentado por centros de treinamento, projetos sociais de base e clubes que mantêm fluxo contínuo de formação. O desempenho recente no Brasileiro de Canoagem de Velocidade e Paracanoagem, com 112 medalhas e 150 atletas na delegação, reforça a profundidade da estrutura. A presença dominante de baianos na seleção principal, caso de Isaquias Queiroz, Erlon Souza e Valdenice Conceição, indica que o estado não apenas produz talentos, mas mantém um padrão estável de rendimento.
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As implicações do novo programa são amplas. A criação de um centro permanente na Bahia tende a reposicionar o estado como polo definitivo da modalidade, concentrando categorias de base, competições regionais e parte do calendário nacional. A movimentação também pressiona outras federações e amplia a responsabilidade da Febac, que já conduz competições e trabalhos de indução técnica. Caso o plano avance no ritmo esperado, o ciclo até Los Angeles 2028 encontrará uma geração formada sob uma mesma lógica de preparo, infraestrutura e acompanhamento.
O panorama exige reflexão sobre capacidade de execução. A Bahia apresenta lastro esportivo para liderar o projeto, mas a transformação em política pública demanda continuidade administrativa, financiamento regular e integração federativa. O programa surge em ambiente promissor, no entanto o desafio está em sustentar o entusiasmo com planejamento e governança. Se o estado conseguir equilibrar ambição e rigor, a canoagem brasileira pode entrar em uma era de centralização estratégica que, pela primeira vez, coincide com seu território de maior excelência.
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