Bahia repete roteiro frustrante e confirma fragilidade crônica como visitante

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Bahia repete roteiro frustrante e confirma fragilidade crônica como visitante

Time de Rogério Ceni soma eliminações dolorosas e aproveitamento vexatório em 2025 

📷 Reprodução: X - ecbahia

O Bahia de 2025 aprendeu a ser protagonista em Salvador, mas segue um figurante inofensivo fora de casa. A eliminação para o Fluminense na Copa do Brasil expôs mais uma vez a dicotomia que marca a temporada: aproveitamento de 77% como mandante contra pífios 37% como visitante. O contraste não é apenas estatístico. Ele se traduz em derrotas emblemáticas, como o 5 a 1 sofrido diante do Mirassol, e eliminações consecutivas em Libertadores e Sul-Americana, sempre com atuações incapazes de reproduzir a intensidade da Fonte Nova.

Do ponto de vista técnico, o diagnóstico é claro. O Bahia se sustenta em casa pelo encaixe de pressão alta, imposição territorial e apoio da torcida, mas desmonta ao primeiro sinal de adversidade fora de Salvador. A transição defensiva revela buracos, o meio-campo perde compactação e o ataque se torna previsível. Contra o Fluminense, em pleno Maracanã, o time sequer conseguiu disputar posse e foi engolido por um rival que ofereceu a mesma intensidade que o Esquadrão costuma impor em seu gramado. Não se trata de acaso, mas de padrão reiterado.

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As consequências são pesadas. O clube desperdiçou três frentes de mata-mata no mesmo ano, sempre sucumbindo longe de seus domínios. No Campeonato Brasileiro, acumula derrotas emblemáticas que travam qualquer ambição além da parte intermediária da tabela. Para um projeto que se fortalece financeiramente e que mira estabilidade entre os protagonistas nacionais, a incapacidade de competir fora de casa transforma o Bahia em candidato a coadjuvante recorrente, limitado por sua própria previsibilidade.

O diagnóstico é desconfortável, mas inevitável: falta personalidade competitiva fora da Fonte Nova. Não basta a retórica de Rogério Ceni sobre intensidade e foco. É preciso rever desenho tático, mentalidade de grupo e até preparação psicológica. O futebol de 2025 não perdoa equipes que só existem diante de sua torcida. O Bahia já mostrou ser capaz de bater gigantes em Salvador. A pergunta que resta é se terá maturidade para se reconhecer pequeno fora de casa e, a partir daí, reconstruir um modelo de jogo que não se dissolva a cada viagem.

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Sexta, 12 Setembro 2025

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