Brasil amarga pior ranking da Fifa em quase uma década
Seleção cai para sétimo lugar e escancara perda de protagonismo mundial
O Brasil vive um dos momentos mais incômodos de sua história recente no futebol de seleções. Após os amistosos de outubro contra Coreia do Sul e Japão, a equipe nacional caiu para o sétimo lugar no ranking da Fifa, sua pior colocação desde agosto de 2016. Com 1758,85 pontos, a seleção aparece atrás de potências como Espanha, Argentina, França, Inglaterra, Portugal e Holanda. A queda reforça a sensação de estagnação em meio ao ciclo de preparação para a Copa do Mundo de 2026.
A nova posição traduz o que o campo vem mostrando: uma equipe irregular, distante de uma identidade tática consolidada e ainda em busca de referências técnicas. A derrota para o Japão expôs novamente uma seleção sem equilíbrio entre ataque e defesa, vulnerável nas transições e excessivamente dependente de lampejos individuais. A ausência de consistência coletiva tem pesado mais do que qualquer oscilação de elenco, e o ranking da Fifa apenas espelha esse desequilíbrio estrutural.
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A consequência imediata é simbólica, mas relevante. Um Brasil fora do top 5 mundial carrega impacto sobre a confiança interna e sobre a forma como os rivais o enxergam. O peso histórico da camisa ainda impõe respeito, mas o rendimento atual já não assusta. À medida que a Copa se aproxima, a distância para as principais seleções europeias parece mais conceitual do que numérica. Faltam coordenação, ideias e tempo para correção.
O ranking não define campeões, mas serve como termômetro de autoridade esportiva. E o termômetro brasileiro está em febre. A seleção precisa reencontrar uma lógica competitiva que vá além da nostalgia e da herança técnica. O mundo do futebol evoluiu em blocos compactos, dinâmicas de pressão e intensidade. O Brasil, por ora, parece preso entre o passado glorioso e um presente que cobra urgência, método e coragem para mudar.
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