Brasil cai cedo no Mundial e registra pior campanha de todos os tempos
Eliminação precoce expõe crise técnica e fragilidade estrutural da seleção brasileira
A derrota por 3 a 0 diante da Sérvia, nas Filipinas, selou um capítulo sombrio da história do vôlei brasileiro. Com duas vitórias iniciais e a classificação praticamente assegurada, a equipe viu sua trajetória ruir em poucas horas: a vitória da República Tcheca sobre a China completou o roteiro da tragédia esportiva. O 17º lugar não é apenas um número — é a pior colocação já registrada por seleções nacionais em Campeonatos Mundiais, masculinos ou femininos.
O desempenho em quadra revelou problemas que extrapolam a estatística. Falhas recorrentes no passe, bloqueio ineficiente e dificuldade para virar bolas em momentos de pressão expuseram um time desconectado, sem lastro tático consistente. A Sérvia, longe de ser impecável, limitou-se a explorar a previsibilidade brasileira. O contraste é evidente quando se compara com a geração de ouro que ergueu troféus em 2002, 2006 e 2010, marcada por disciplina e clareza de funções. Hoje, vê-se uma seleção vulnerável, sem identidade clara e excessivamente dependente de lampejos individuais.
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As consequências desse fracasso não se restringem ao resultado imediato. Uma eliminação precoce em 2025 reconfigura a percepção internacional sobre o Brasil, historicamente tratado como potência obrigatória. O abalo chega também à Confederação Brasileira de Vôlei, pressionada a rever processos de renovação e critérios de convocação. Bernardinho, em retorno que deveria consolidar uma transição segura, agora enfrenta o desafio de salvar não apenas a equipe, mas a credibilidade de um projeto que parecia imune ao descrédito.
A leitura crítica é inevitável: o Brasil confundiu tradição com garantia. Confiou na camisa, ignorou sinais de desgaste e pagou o preço mais alto. A eliminação expõe um vácuo de planejamento de longo prazo e questiona se a estrutura que sustentou décadas de conquistas ainda responde aos padrões atuais do esporte. O Mundial das Filipinas não apenas fechou portas — escancarou a urgência de uma reforma profunda.
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