Brasileiros caem cedo e enchem cofres no Mundial 2025

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Brasileiros caem cedo e enchem cofres no Mundial 2025

Fluminense lidera prêmios mesmo sem chegar à final inédita 

📷 Reprodução: X (Twitter) - fifaworldcup_pt

Com o apito final para o Fluminense diante do Chelsea, a participação brasileira no Mundial de Clubes 2025 terminou sem taça, mas com cifras generosas. O clube carioca, semifinalista, levou o maior prêmio entre os nacionais: US$ 60,8 milhões (R$ 331 milhões). Palmeiras, Flamengo e Botafogo completam a lista com valores entre R$ 145 milhões e R$ 216 milhões. Os dados mostram o apetite da Fifa por tornar o torneio global também um evento rentável — e, sejamos francos, os clubes sul-americanos aproveitaram essa boquinha como puderam.

Taticamente, os representantes brasileiros alternaram lampejos e limitações. O Fluminense foi o que mais resistiu tecnicamente, mesmo em queda. Flamengo e Botafogo oscilaram entre atuações valentes e desorganização defensiva, enquanto o Palmeiras, apesar da melhor campanha recente em Libertadores, esbarrou mais uma vez no Chelsea — pedra no sapato alviverde desde 2021. A preparação física ainda cobra seu preço frente ao calendário europeu. Mas o que mais salta aos olhos é a dificuldade de adaptação estratégica, sobretudo na transição defensiva e no jogo posicional.

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Do ponto de vista regional, não é exagero dizer que a performance financeira supera a esportiva — e isso levanta debate sobre prioridades. Enquanto no Nordeste clubes lutam com folhas salariais que mal cobrem a conta de energia, os gigantes do eixo Rio-SP retornam com cifras que dariam para bancar toda a Série C por uma temporada. Em 2025, o abismo se alargou — e já não basta só talento bruto. A Bahia, que revelou Bobô e tantos outros, hoje carece de estrutura para formar e reter atletas com projeção global.

Se há algo a ser aprendido, é que os clubes brasileiros precisam decidir o que querem do Mundial. Ser vitrine ou ser campeão? A grana é bem-vinda, mas sem ambição técnica ela vira só anestesia. Há qualidade, há torcida e há história — falta projeto. O torcedor que se alimenta de esperança merece mais do que boletos pagos. Afinal, como se diz no recôncavo, "dinheiro só não joga bola — e nem sempre compra camisa pesada". 2026 vem aí. É tempo de planejar com os dois pés no chão e os olhos no topo. 

 

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Quinta, 10 Julho 2025

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