Chelsea confirma favoritismo mas sofre contra times do Brasil
Só o Flamengo venceu os ingleses na Copa do Mundo de Clubes
Na caminhada até a final da Copa do Mundo de Clubes 2025, o Chelsea teve que encarar um verdadeiro vestibular sul-americano. Foram três adversários brasileiros em sequência: Palmeiras, Fluminense e Flamengo. E, para surpresa de poucos, quem mais complicou a vida dos ingleses foi o rubro-negro carioca, que venceu por 3 a 1 ainda na fase de grupos, em partida disputada na Filadélfia. Já nas fases decisivas, os Blues eliminaram o Verdão por 2 a 1 e o Tricolor por 2 a 0. No fim das contas, o saldo do Chelsea foi positivo, mas nem por isso tranquilo.
Tecnicamente, o Flamengo se impôs com organização e intensidade, aproveitando-se de uma formação alternativa do Chelsea naquele momento. Já contra Palmeiras e Fluminense, os ingleses voltaram a campo com força máxima e domínio territorial. Ainda assim, precisaram de um futebol pragmático, muita posse de bola e o brilho de João Pedro — autor dos dois gols na semifinal — para garantir a vaga. Pedro Neto, atacante português do Chelsea, admitiu que as partidas foram duras e elogiou a qualidade dos brasileiros, destacando a "experiência e nível" dos confrontos.
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Para o torcedor do lado de cá do oceano, especialmente quem acompanha de perto as campanhas desses clubes no Brasileirão e na Libertadores, o desempenho diante dos europeus não é pouca coisa. Ver três clubes nacionais enfrentando de igual para igual um gigante da Premier League serve de termômetro. Em plena Nova Jersey, cidade que poderia muito bem ser Feira de Santana de tão cheia de camisa do Mengão, a mensagem foi clara: o futebol brasileiro, mesmo sem os bilhões dos rivais, ainda impõe respeito. De quebra, a classificação rendeu ao Fluminense uma bolada de R$ 331 milhões — o maior prêmio da história do clube.
O Chelsea segue firme rumo à taça, mas com lições aprendidas em português. E nós, do lado de cá, voltamos a refletir: se com orçamentos tão distintos o embate foi parelho, o que falta para nossos clubes darem o salto definitivo? Profissionalismo de gestão? Calendário racional? Investimento de base com foco real? Em campo, mostramos que dá pra brigar. Mas enquanto isso não se traduz em título, seguimos batendo na trave — com a velha mania de tirar lição até da derrota.
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