O Mundial de Clubes 2025 entrou para os anais do futebol com recorde de público (613 mil espectadores) e um domínio inglês nas premiações individuais. Cole Palmer, autor de dois gols na final contra o PSG, foi eleito o melhor jogador, enquanto seu companheiro Robert Sánchez recebeu o troféu de melhor goleiro após manter o invicto no mata-mata. Destaque também para Gonzalo García, do Real Madrid, que conquistou a artilharia com quatro gols - desempate veio por uma assistência, superando Di María, Guirassy e Marcos Leonardo.

Taticamente, as escolhas refletem as tendências do futebol moderno. Palmer atuou como falso nove móvel, criando 2,7 chances por jogo. Sánchez impressionou com 87% de defesas difíceis (alta de 12% em relação à temporada regular). Já García mostrou porque é a nova joia madridista: 23 finalizações no torneio, com 74% no alvo. O PSG teve consolo com Doué como melhor jovem - aos 20 anos, o francês completou 4,3 dribles por partida, números que justificam o interesse do Barcelona.

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Há certa ironia no resultado. Enquanto o Chelsea levou três prêmios individuais, o título veio apenas nos pênaltis - prova de que estatísticas nem sempre contam a história completa. Como dizem nos gramados baianos, "troféu de papel não enche galeria". A verdade é que este Mundial mostrou a ascensão de uma nova geração: Palmer (23 anos), García (21) e Doué (20) provam que o futebol pós-Messi e Cristiano Ronaldo está em boas mãos.

O torneio também deixou lições claras: o futebol inglês segue dominante, os sul-americanos ainda patinam no cenário global (nenhum chegou às semifinais) e a Europa continua ditando as regras do jogo. Resta saber se, em 2026, algum clube conseguirá quebrar essa hegemonia - ou se assistiremos a mais um capítulo dessa já previsível novela.