O atacante Cléber reencontrou o protagonismo que parecia distante. Depois de cumprir dois anos de suspensão por doping, o baiano de Salvador se tornou peça central do Avaí na Série B. Aos 29 anos, soma 11 gols e sete assistências, participando diretamente de 31,1% dos gols do clube catarinense. A marca o coloca entre os artilheiros da competição e o aproxima de nomes históricos do Leão da Ilha, como Rômulo e Renato, que atingiram 12 gols em uma mesma edição.

Em campo, Cléber é o retrato do centroavante moderno que equilibra presença física e leitura de espaço. Sua movimentação fora da área facilita as conexões entre meio e ataque, e o jogo aéreo segue sendo uma arma decisiva. O técnico Gilmar Dal Pozzo redesenhou o modelo ofensivo do Avaí a partir de sua capacidade de reter a bola e atacar os espaços em diagonal. O desempenho tem sido sustentado por condicionamento e confiança, duas virtudes que haviam desaparecido durante o período de suspensão.

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A projeção é otimista. Com três rodadas restantes, o atacante pode encerrar o campeonato como maior goleador do clube na era dos pontos corridos. O Avaí, por sua vez, mantém chances matemáticas de acesso e vê em Cléber um símbolo de reconstrução dentro de um elenco limitado, mas disciplinado. O jogador, grato à oportunidade, já manifestou o desejo de permanecer no clube em 2026.

Cléber é exemplo de que o futebol, mesmo implacável, ainda oferece segundas chances a quem aprende com o tropeço. Sua retomada é fruto de disciplina, reestruturação emocional e compreensão do próprio limite. No Avaí, o atacante encontrou o ambiente que faltava para traduzir talento em consistência. Se o gol é redenção, Cléber já está perdoado. 

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