Confronto entre torcidas bloqueia BR-101 em Santa Catarina
Emboscada agrava clima tenso na reta final do Brasileirão
A quinta-feira amanheceu marcada por violência no Litoral Norte de Santa Catarina. Uma emboscada montada por cerca de duzentos integrantes de uma torcida organizada do Santos interrompeu o fluxo da BR-101, em Itapema, e culminou em correria, vandalismo e seis feridos atendidos no local. O ataque ocorreu durante o retorno das delegações de torcedores após a rodada de quarta-feira. A Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar intervieram e detiveram dez suspeitos, enquanto o restante do grupo foi escoltado para fora do estado.
O episódio expôs uma logística de ação planejada. A estratégia adotada pelos agressores consistiu em reduzir propositadamente a velocidade de sete ônibus que transportavam santistas, o que permitiu a interceptação do veículo colorado. A partir daí, o cenário degenerou em arremesso de pedras, golpes com pedaços de madeira e saque do ônibus gaúcho. A tentativa de fuga resultou em colisão com uma carreta que passava pela rodovia. Todo o percurso da operação policial, do bloqueio ao restabelecimento do tráfego, evidenciou o grau de organização e a capacidade de causar impacto de grupos que, mesmo numericamente concentrados, paralisam um eixo vital.
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As implicações esportivas se somam ao desgaste social. Santos e Internacional chegam à última rodada pressionados por posições delicadas na tabela. O Santos ocupa o décimo quarto lugar com quarenta e quatro pontos e depende apenas de si para evitar o risco. O Internacional está em décimo oitavo, com quarenta e um pontos, e precisa de combinação favorável para escapar do rebaixamento. A violência na estrada amplia o clima de instabilidade em torno de um clube que luta para sobreviver na elite e de outro que tenta consolidar uma reação tardia.
A repetição desse tipo de confronto deveria servir como alerta definitivo para ligas, autoridades de segurança e clubes. O futebol brasileiro vive momento em que a disputa por pontos se mistura a tensões de rua que extrapolam a rivalidade esportiva e afetam diretamente a ordem pública. A naturalização da violência organizada nas estradas compromete o ambiente competitivo e coloca em risco cidadãos que nada têm a ver com a rivalidade entre torcedores. A responsabilidade por reverter esse quadro não é exclusiva das forças policiais. Exige ação integrada, medidas preventivas eficazes e posicionamento firme das instituições que orbitam o futebol.
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