Corinthians atrasa segurança e Memphis cobra dívida milionária
Clube paulista enfrenta novo colapso administrativo em plena temporada 2025
O Corinthians voltou às manchetes — e não foi pelos gols de Memphis Depay. O clube do Parque São Jorge acumula mais de R$ 300 mil em dívidas com a empresa Gocil, responsável pela segurança particular do atacante holandês. A informação foi confirmada com base em duas notas fiscais vencidas no último dia 30 de junho. Além disso, Memphis notificou oficialmente o Timão pela segunda vez por pendências nos direitos de imagem e bônus do título paulista. Ao todo, a cobrança do camisa 10 gira em torno de R$ 6,1 milhões. O clube, que já vinha enfrentando atrasos salariais com elenco e funcionários, não se manifestou sobre os valores.
A engrenagem administrativa corintiana parece travada. O novo presidente Osmar Stabile herdou um rombo e tenta manobrar sem margem de erro, mas as receitas previstas não foram antecipadas e o caixa do clube não suporta a folha pesada de 2025. A estrutura contratual com jogadores do calibre de Memphis exige prazos rigorosos — e o descumprimento acende alertas jurídicos e esportivos. O clube pagou parte da dívida após notificação, mas o desgaste é evidente. Num ambiente onde cada ruído vira manchete, atrasar até segurança privada é um tropeço simbólico.
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Na Bahia e em outras praças nordestinas onde o Timão tem torcida expressiva, o torcedor já começa a associar 2025 a um novo 2007 — aquele rebaixamento histórico que teve como pano de fundo justamente a desorganização institucional. A diferença é que, agora, o cenário é mais complexo: o futebol virou indústria global e clubes que não se adaptam ao jogo de compliance e planejamento pagam caro. A chegada de Memphis, anunciada como capítulo europeu da reconstrução, começa a virar novela sul-americana de desconfiança.
É duro dizer isso, mas o Corinthians atual parece viver de passado com dívida no presente e incerteza no futuro. E, cá entre nós, time grande que atrasa salário e segurança particular não assusta mais ninguém — nem dentro nem fora do campo. O torcedor fiel, aquele que lota estádio e parcela camisa oficial, merece mais. O clube precisa reencontrar o rumo, e rápido. Porque, se continuar nesse passo, nem a mística do "bando de loucos" segura o tombo.
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