Corinthians empata nos acréscimos e frustra plano do Fortaleza
Time cearense cede empate após abrir vantagem e segue no Z-4
Na Neo Química Arena, diante de mais de 34 mil torcedores, Corinthians e Fortaleza empataram por 1 a 1 na noite deste domingo (3), em duelo que sintetizou com precisão os momentos distintos — porém igualmente instáveis — vividos por ambos em 2025. O Leão abriu o placar com Breno Lopes ainda no primeiro tempo, explorando espaços deixados por um Corinthians misto. A resposta do time da casa veio tardiamente, com Carrillo aproveitando rebote nos acréscimos da etapa final. Com o resultado, o Corinthians sobe para 22 pontos e ocupa o 12º lugar, enquanto o Fortaleza permanece entre os quatro últimos, com 15 pontos em 17 rodadas.
A partida teve duas faces. No primeiro tempo, o Corinthians — poupando titulares de olho na Copa do Brasil — apresentou uma estrutura frouxa, marcada por lentidão na saída de bola e desatenção defensiva. O Fortaleza, por sua vez, organizou-se em um 4-4-2 compacto e explorou bem o lado direito com Diogo Barbosa e Emmanuel Martínez. A jogada do gol saiu por ali: infiltração, cruzamento rasteiro, e finalização seca de Breno Lopes. No segundo tempo, com as entradas de Memphis, Garro e Yuri Alberto, o ritmo alvinegro mudou. O time trocou a posse passiva por progressão vertical e pressionou até o fim. O empate nasceu de jogada iniciada por Matheuzinho, que cruzou para cabeçada de Yuri, defendida por Vinicius Silvestre. No rebote, Carrillo empurrou para as redes.
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O gol nos acréscimos teve efeitos antagônicos. Para o Corinthians, mantém viva a sequência invicta em casa — agora são quatro jogos sem perder — e dá fôlego para encarar o Palmeiras na quarta-feira, pela semifinal da Copa do Brasil. Ainda assim, a oscilação entre titulares e reservas evidencia que Dorival Júnior ainda busca equilíbrio entre intensidade e preservação física. Já o Fortaleza, mesmo com desempenho tático sólido por 75 minutos, perde mais dois pontos cruciais. A equipe de Renato Paiva soma apenas três vitórias no campeonato e demonstra fragilidade emocional nos minutos finais. Os próximos confrontos contra Vasco e Santos, concorrentes diretos na luta contra o rebaixamento, ganham contornos decisivos.
É difícil dissociar o resultado do roteiro que se repete no Fortaleza: atuações organizadas, mas incapazes de resistir à pressão em momentos-chave. O Corinthians, por outro lado, parece viver entre a rotação de elencos e o receio de perder consistência. O empate, apesar de parecer justo pelas chances criadas, expõe as lacunas dos dois lados. Como se diz lá em Feira, "quem cochila no fim, vê a sorte escorrer pelo ralo".
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