Corinthians lida com pendências financeiras no elenco atual
Dívidas por luvas e premiações ameaçam clima no vestiário
O Corinthians atravessa mais um capítulo de suas conhecidas turbulências financeiras. Após Memphis Depay notificar o clube por uma dívida de R$ 6,1 milhões, surgiram novas informações de que outros jogadores também têm valores a receber. Embora os salários estejam em dia, o Timão acumula pendências envolvendo luvas, premiações e direitos de imagem, especialmente aqueles ligados a contratos que exigem apresentação formal de notas fiscais. A diretoria atual, liderada por Osmar Stabile, promete manter as portas abertas para diálogo, mas o cenário segue delicado.
Do ponto de vista estratégico, o Corinthians busca administrar o desconforto com transparência e conversa direta. Fabinho Soldado, responsável pelo elo com os atletas, trabalha para estancar o início de um mal-estar que poderia se espalhar pelo grupo. Tecnicamente, um elenco satisfeito e financeiramente respeitado é mais propenso a manter foco e desempenho. No entanto, a demora na quitação das premiações, como o "bicho" do título paulista conquistado há três meses, pode corroer a confiança, principalmente quando o clube não apresenta seus balancetes financeiros com a frequência esperada.
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Este tipo de situação, infelizmente, não é novidade no futebol brasileiro e muito menos no ambiente alvinegro. Lembra o que aconteceu com o Vitória, lá na década de 1990, quando títulos históricos não impediram que as dívidas se acumulassem nos bastidores. Em São Paulo, o Corinthians já conviveu com cenários semelhantes em administrações anteriores. O problema, que por vezes é tratado como "mau costume" no futebol nacional, também encontra eco em clubes do interior baiano, que se viram como podem para pagar atletas, às vezes com uma mão na frente e outra atrás.
O que se espera, neste momento, é que o Corinthians consiga reorganizar sua saúde financeira com responsabilidade. A renovação com a Nike, que promete um alívio de caixa com um adiantamento milionário ainda este ano, pode ser um passo relevante. Mas o clube precisa, sobretudo, romper com esse ciclo de atrasos crônicos que já viraram espécie de "folclore" corinthiano. O futebol moderno exige gestão profissional e honrar os compromissos deveria ser regra, não exceção. Porque, no fundo, o que mais desequilibra um elenco nem sempre está dentro de campo.
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