Crespo afirma que Brasileirão é prioridade para São Paulo
Treinador quer resgatar identidade ofensiva e tirar time do sufoco
O São Paulo vive momento delicado no Campeonato Brasileiro de 2025. Com apenas duas vitórias em 12 rodadas, o tricolor figura na 14ª colocação, a um ponto da zona de rebaixamento, cenário que reforça a urgência apontada pelo técnico Hernán Crespo. De volta ao Morumbi após quatro anos, o treinador argentino encara a missão de reerguer o clube em meio a um calendário apertado, que ainda inclui as oitavas da Libertadores e Copa do Brasil. O primeiro compromisso sob seu comando deve ocorrer apenas na segunda quinzena de julho, deixando o tempo curto para ajustes diante da competição mais exigente do calendário nacional.
Na análise técnica, Crespo mantém o foco em restabelecer a competitividade e implementar um estilo que preserve a identidade ofensiva que marcou sua primeira passagem pelo clube. Sem adiantar esquemas táticos, o treinador aposta na construção de um time que priorize o protagonismo e a fome por gols, independente das variações que o futebol moderno exige. A valorização da base de Cotia também aparece como estratégia necessária, dado o limitado poder de investimento em reforços para o restante da temporada.
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Regionalmente, o São Paulo simboliza um dos grandes centros do futebol brasileiro, cuja qualidade foi reafirmada recentemente na Copa do Mundo de Clubes, onde os times nacionais demonstraram força, mas também enfrentaram desafios táticos e físicos. O técnico argentino destaca que o Brasileirão é uma das competições mais duras do planeta, o que reforça o respeito que times estrangeiros têm pelo futebol brasileiro — ainda que a fase atual do tricolor não corresponda a esse potencial histórico. Em contraponto, clubes nordestinos, como o Bahia, também atravessam ciclos de reconstrução, mostrando como o futebol nacional vive uma fase de ajustes profundos.
No campo opinativo, é fundamental que Crespo e sua comissão consigam imprimir não apenas um padrão de jogo, mas sobretudo uma postura de entrega e foco que reflita a grandeza do São Paulo. O treinador, acostumado a desafios de alta pressão, precisa atuar como um maestro para trazer coesão a um elenco desequilibrado e carente de resultados. A torcida, por sua vez, sabe que confiança e paciência serão cruciais nesta caminhada. Afinal, no futebol como na vida, a pressa é inimiga da perfeição — e, no Morumbi, a hora é de reconstruir com sabedoria e garra, duas marcas que o velho e bom futebol baiano sabe bem cultivar.
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