Corredor baiano transforma tragédia em sonho paralímpico
Emerson Pinheiro perdeu a perna, mas não o desejo de competir
O atleta amador Emerson Pinheiro, de 29 anos, viu a vida mudar em segundos. Enquanto treinava para a Maratona de Buenos Aires, foi atropelado por um carro que invadiu a calçada na orla da Pituba, em Salvador. O impacto lhe custou a perna e dias de internação em UTI, mas não o vínculo com o esporte. Recuperando-se entre cirurgias e fisioterapia, Emerson agora mira um novo horizonte: disputar uma Paralimpíada.
A trajetória do corredor evidencia uma transformação que vai além do físico. O corpo que antes corria por performance hoje se move por propósito. O acidente, causado por um motorista com sinais de embriaguez, poderia ter encerrado sua história esportiva. Em vez disso, redefiniu-a. Emerson quer usar o exemplo para inspirar pessoas com deficiência a retomar o controle da própria narrativa, convertendo a dor em combustível para seguir adiante.
📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp
O baiano, estudante de Educação Física, sonha em voltar a competir e se formar. Sua adaptação ao esporte paralímpico começa em breve, quando receber a prótese definitiva e iniciar treinos específicos. No caminho, carrega não apenas a expectativa de representar o país, mas também de transformar o episódio que o marcou em plataforma de superação e inclusão.
Emerson simboliza o que o esporte tem de mais humano: resiliência. Sua história nasce de um infortúnio, mas cresce em dignidade e propósito. Num tempo em que a pressa costuma abafar a empatia, ver um corredor amputado falar em gratidão e futuro devolve sentido ao verbo competir. Ele ainda não voltou a correr, mas já deixou para trás tudo o que o fazia parar.
📱 Acesse o nosso site RadioGeral e TVGeral
📲 Nos acompanhe também nas redes sociais:
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.