Criciúma suporta pressão intensa com dez e arranca empate heroico
Athletic domina posse e volume ofensivo mas falha nas finalizações decisivas
A Arena Sicredi viveu uma noite de tensão e contraste na 22ª rodada da Série B. O Criciúma, visitante em São João del-Rei, abriu o placar cedo com Diego Gonçalves, mas perdeu Matheus Trindade expulso aos sete minutos. Reduzido a dez homens, o Tigre se retraiu durante quase todo o jogo, suportou pressão sufocante e ainda assim levou um ponto ao empatar por 1 a 1 com o Athletic, que só igualou o placar na segunda etapa, com Neto Costa. O resultado mantém o clube catarinense em 7º lugar, com 33 pontos, enquanto o time mineiro segue em 15º, a três da zona de rebaixamento.
Tecnicamente, a partida escancarou dilemas distintos. O Criciúma demonstrou disciplina defensiva, recuando linhas, protegendo a entrada da área e explorando contra-ataques esporádicos. Sua resiliência foi coroada por uma atuação inspirada do goleiro Alisson, que evitou ao menos duas chances claras. O Athletic, por sua vez, administrou posse de bola de 68% e produziu 20 finalizações, mas revelou limitações conhecidas: lentidão no giro ofensivo, baixa efetividade na área e excesso de cruzamentos inócuos. O domínio territorial não se converteu em superioridade no placar — problema recorrente em 2025 para uma equipe que insiste em ter a bola sem saber muito bem o que fazer com ela.
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As consequências do empate têm peso distintos. Para o Criciúma, o ponto conquistado em inferioridade numérica reforça a imagem de equipe competitiva, ainda que distante do G-4. Com 33 pontos, segue vivo na disputa, a três do Novorizontino, quarto colocado. O Athletic, em contraste, desperdiçou oportunidade rara: enfrentou um adversário fragilizado por quase 90 minutos e não transformou volume em vitória. Com 25 pontos, permanece encostado no Z-4 e vê a pressão aumentar em torno de Rui Duarte, já questionado pela falta de soluções ofensivas.
Em perspectiva crítica, o duelo mostrou a diferença entre convicção e resignação. O Criciúma, mesmo acuado, acreditou em sua estratégia mínima e foi recompensado. O Athletic, ao contrário, confundiu quantidade com qualidade, como quem enche a panela d'água achando que o feijão vai cozinhar mais rápido. A Série B de 2025 não admite ingenuidade: quem tem a chance precisa matar o jogo. Se o time mineiro continuar repetindo o enredo, pode transformar um campeonato de sobrevivência em ameaça real de queda. Já o Tigre, mesmo em noite de resistência, sabe que não se sobe de divisão apenas com bravura defensiva.
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