Criciúma vence Remo com pênalti tardio e assume G4 provisório
Remo domina o primeiro tempo mas sucumbe diante da eficiência catarinense
No Mangueirão, o Remo viveu uma noite de frustração que pode pesar na luta pelo acesso. Superior durante quase toda a primeira etapa, o time paraense perdeu ao menos três chances claras antes de ver o goleiro Alisson se firmar como obstáculo intransponível. O Criciúma, discreto e inseguro até então, aproveitou a virada do relógio: já nos acréscimos, Jean Carlos converteu pênalti após toque de mão de Caio Vinícius e garantiu a vitória por 1 a 0, resultado que recoloca os catarinenses no G4 da Série B de 2025.
O jogo expôs duas estratégias díspares. Eduardo Baptista montou o Remo em postura agressiva, com amplitude e volume, mas sem a precisão que o momento exigia. Marrony, Davó e Pedro Rocha simbolizaram o desperdício. Do outro lado, António Oliveira corrigiu a rota após intervalo, reforçando a disputa aérea e privilegiando as jogadas de bola parada, consciente da fragilidade azulina em lances de segunda bola. Quando parecia que o empate seria inevitável, a pressão catarinense encontrou brecha em um detalhe — a mão mal posicionada dentro da área.
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As implicações na tabela são imediatas. O Criciúma chega aos 39 pontos em 24 rodadas, ocupando a quarta colocação e alimentando a expectativa de retorno à elite após uma década de oscilações. O Remo, estacionado nos 35, vê escapar a chance de consolidar sua permanência entre os quatro primeiros e sente a ameaça de concorrentes diretos como Novorizontino, Vila Nova e Cuiabá. Em um campeonato de equilíbrio brutal, desperdiçar pontos em casa pode custar caro nas últimas voltas do calendário.
Não é apenas a derrota que preocupa o torcedor azulino, mas a reincidência de um problema já diagnosticado: intensidade sem eficácia. O Remo mostrou volume, mas cedeu o controle emocional no momento decisivo. O Criciúma, pragmático, explorou justamente essa vulnerabilidade. Em tempos de VAR e acréscimos dilatados, vence quem suporta a espera sem perder a clareza. O futebol, às vezes cruel, lembra que não basta começar melhor; é preciso terminar lúcido.
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