Egito tenta carimbar vaga enquanto África do Sul ainda faz contas
Rodada pode selar futuro africano com tensão e matemática implacável
O continente africano chega nesta terça-feira a um de seus pontos de maior expectativa nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. O Egito, líder isolado do Grupo A com 19 pontos, encara fora de casa Burkina Faso, vice com 14. A vitória garante a seleção de Mohamed Salah em sua quarta participação mundial com duas rodadas de antecedência. No Grupo C, a África do Sul soma 16 pontos, mas enfrenta a sempre imprevisível Nigéria, terceira colocada, e ainda precisa torcer contra o Benin para assegurar a vaga imediata.
O desenho técnico dessas partidas expõe realidades distintas. O Egito tem equilíbrio entre defesa sólida e ataque pautado no talento individual de Salah, sustentando aproveitamento superior a 80% na competição. A África do Sul, embora consistente, depende de uma engrenagem coletiva que oscila frente a adversários mais experientes. A Nigéria, mesmo fragilizada por tropeços recentes, preserva tradição e poder físico capazes de inverter cenários improváveis.
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As consequências vão além da matemática. Uma vitória egípcia recoloca a seleção no centro do protagonismo continental, enquanto a África do Sul busca não apenas classificação, mas também afirmação internacional desde a Copa que organizou em 2010. A exclusão nigeriana, caso se confirme, representaria ruptura histórica: seria a segunda ausência consecutiva do país em Mundiais, um abalo em sua influência política e esportiva dentro da Confederação Africana de Futebol.
É legítimo reconhecer que o futebol africano vive um ponto de inflexão. Marrocos e Tunísia já garantiram vagas, reforçando a ascensão do Magreb, enquanto potências tradicionais como Nigéria e Camarões patinam. O Egito, se confirmar sua classificação, mostrará que a longevidade de Salah não é apenas uma dádiva individual, mas também um projeto nacional bem amparado. A África do Sul, por sua vez, precisa converter números em autoridade esportiva. Porque, em 2025, a margem entre promessa e irrelevância já não admite cálculos imprecisos.
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