O Bahia encerrou sua participação na Copa do Brasil Feminina após a derrota por 2 a 0 para a Ferroviária, na noite desta terça-feira, na Fonte Luminosa. O resultado tirou das Mulheres de Aço o sonho da final inédita, mas não apagou a temporada de afirmação sob o comando de Felipe Freitas. O técnico admitiu que o time teve um primeiro tempo "abaixo do esperado" e assumiu a frustração com a queda, embora tenha valorizado o percurso até a semifinal.

No aspecto tático, o Bahia apresentou um desajuste incomum na fase de construção, o que comprometeu a transição e abriu espaços para a intensidade da Ferroviária. O 4-4-2 tricolor, eficiente em outras partidas, não se impôs diante da pressão grená. A equipe paulista aproveitou as brechas pelos lados e construiu os dois gols ainda antes do intervalo, ditando o ritmo e neutralizando o poder ofensivo de Rhaizza e Ju Oliveira.

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Mesmo eliminado, o Bahia fecha a Copa do Brasil entre os quatro melhores e confirma um salto competitivo relevante para um clube recém-promovido à elite nacional. Além da campanha histórica, o time está na final do Campeonato Baiano, onde enfrentará o Vitória na Fonte Nova em busca do hexacampeonato. A eliminação, embora dolorida, oferece maturidade a um grupo que começa a entender o peso de competir em duas frentes simultâneas.

Felipe Freitas traduz a nova mentalidade do futebol feminino no clube. Seu discurso de frustração vem acompanhado de autocrítica e ambição, o que evidencia um projeto que vai além de resultados pontuais. O Bahia amadurece com derrotas que ensinam e vitórias que inspiram, e se mantiver a coerência estrutural e emocional mostrada em 2025, dificilmente ficará tanto tempo distante das decisões nacionais. 

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