Ferroviária atropela Vitória com autoridade e expõe fragilidade estrutural baiana
Triunfo grená confirma quartas da Copa e desnuda abismo competitivo nacional
Na tarde abafada de Araraquara, a Ferroviária transformou a Fonte Luminosa em palco de superioridade inequívoca. Com gols de Sissi, Mylena Carioca e Micaelly, venceu o Vitória por 3 a 0 e garantiu classificação às quartas de final da Copa do Brasil Feminina. O placar, construído sem sustos, evidenciou a diferença entre um projeto consolidado e outro ainda em busca de sustentação mínima para competir em igualdade de condições no calendário de 2025.
Tecnicamente, a Locomotiva dominou desde o início. Movimentação intensa no meio-campo, amplitude pelos lados e pressão constante resultaram em finalizações recorrentes. O gol inaugural de Sissi, em cabeceio oportuno, foi apenas consequência da insistência. Na etapa final, a entrada de Mylena ampliou a agressividade ofensiva, enquanto Micaelly, nos acréscimos, coroou o volume de jogo com uma jogada individual que desmontou o sistema defensivo rubro-negro. O Vitória, encurralado, não conseguiu articular transições e terminou sem uma finalização efetiva ao gol de Luciana.
📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp
A consequência é dupla: a Ferroviária mantém-se como uma das favoritas ao título, embalada pelo peso histórico e pelo investimento consistente em sua categoria feminina. O Vitória, por outro lado, acumula mais uma eliminação precoce, somando à queda recente no Brasileiro A2. Resta às Leoas o Campeonato Baiano, competição de menor visibilidade, mas essencial para não perder completamente o ritmo de jogo até o fim da temporada.
O que se viu em Araraquara foi mais que um triunfo. Foi um retrato cru da disparidade estrutural que ainda marca o futebol feminino no país. A Ferroviária colhe frutos de planejamento contínuo; o Vitória, de sobrevivência. Se 2025 pede competitividade para sustentar a expansão da modalidade, a partida serviu de lembrete incômodo: sem base sólida, o talento individual perde força. O futebol feminino brasileiro só avança se a distância entre Araraquara e Salvador deixar de ser tão grande no campo e fora dele.
📱 Acesse o nosso site RadioGeral e TVGeral
📲 Nos acompanhe também nas redes sociais:
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.