Botafogo-SP reage tarde mas continua flertando com zona de rebaixamento
Tricolor empata em casa após apagão inicial e vive drama persistente
O empate por 1 a 1 entre Botafogo-SP e Operário, em Ribeirão Preto, sintetizou a campanha irregular do clube na Série B de 2025. O Fantasma dominou amplamente o primeiro tempo, abriu o placar com Daniel Amorim e poderia ter construído vantagem maior não fosse a boa atuação do goleiro Victor Souza. Somente na etapa final, empurrado pela necessidade e por mudanças de postura, o Tricolor reagiu e chegou à igualdade com Jefferson Nem, mantendo-se fora do Z-4, mas sob ameaça constante.
No aspecto tático, a diferença foi gritante entre os tempos. O Operário explorou a fragilidade defensiva do adversário, sobretudo pelos lados, acumulando 15 finalizações contra apenas quatro do Bota. A marcação alta neutralizou a saída curta e forçou erros em sequência. Após o intervalo, o time paulista abandonou a cautela excessiva e ganhou volume ofensivo, embora ainda dependente de lances individuais. A entrada de peças mais móveis deu fôlego, mas não alterou a incapacidade de transformar posse em pressão efetiva.
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O resultado mantém o Botafogo-SP com 29 pontos, em 16º lugar, podendo voltar ao Z-4 a depender dos jogos de América-MG e Volta Redonda. O Operário, com 36 pontos e invicto há seis partidas, consolida-se como equipe incômoda de meio de tabela, mas ainda distante da briga pelo acesso. Para os paulistas, a frustração é evidente: o desempenho em casa, com apenas sete vitórias em 27 rodadas, mina qualquer tentativa de estabilidade e torna a reta final uma batalha de sobrevivência.
A leitura mais ampla é desconfortável. O Botafogo-SP convive com um elenco limitado, cuja margem de erro é mínima. Oscila entre lampejos competitivos e quedas abruptas de rendimento, o que explica a permanência arriscada na parte baixa da classificação. A reação no segundo tempo mostra disposição, mas não mascara a vulnerabilidade estrutural. Sem consistência defensiva e sem criação articulada, o clube seguirá refém do calendário e da calculadora, numa Série B que pune severamente quem insiste em viver no fio da navalha.
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