Fluminense encarou gigante europeu e mostrou força tática
Chelsea vence, mas brasileiros provam maturidade no Mundial 2025
Na semifinal da Copa do Mundo de Clubes 2025, o Fluminense fez frente ao milionário Chelsea e só foi superado por dois gols do brasileiro João Pedro, em noite que refletiu o abismo econômico entre os elencos — mas não necessariamente o técnico. Mesmo derrotado por 2 a 0, o time de Fernando Diniz saiu de campo com a cabeça erguida e mostrou que o futebol brasileiro evoluiu em leitura de jogo, organização e coragem frente aos grandes da Europa. O colombiano Arias, dono de atuações vibrantes, mais uma vez mostrou por que é um dos símbolos dessa nova safra tricolor.
Taticamente, o Flu teve momentos de domínio, sobretudo no primeiro tempo, quando impôs seu ritmo cadenciado com posse inteligente e triangulações curtas. Enfrentou um Chelsea que alternava linhas altas e baixas, mas soube resistir sem abdicar de sua proposta. Se Diniz peca por vezes no excesso de fidelidade ao estilo, também é verdade que sua equipe amadureceu no controle emocional — e isso fez diferença num duelo em que os detalhes definiram o resultado. No futebol moderno, não basta correr: é preciso pensar com a bola nos pés.
📱 FEIRA DE SANTANA NOTÍCIAS 24H: Faça parte do canal do Folha do Estado no WhatsApp
O feito do Fluminense, ainda que sem taça, deve ser observado como parte de um ciclo virtuoso. Os clubes brasileiros que chegaram ao Mundial — inclusive Flamengo e Palmeiras, em edições anteriores — têm conseguido competir de igual para igual por mais tempo. Se na Bahia a gente costuma dizer que "quem tem um olho no peixe e outro no gato, não frita nenhum", aqui o Flu mostrou que sabe mirar nos dois: manteve essência e se adaptou. Um feito raro e digno de nota no panorama sul-americano.
O futebol brasileiro, apesar das limitações estruturais, não é mais aquele aluno distraído das pranchetas europeias. Ainda falta estrada, sobretudo física e taticamente, mas já há clareza de que o talento nato precisa ser casado com método. Que a derrota para o Chelsea sirva menos como lamento e mais como lição. Porque se 2025 ainda é um ano de transição, os sinais já apontam para um futuro onde o Brasil não joga mais de cabeça baixa. O respeito voltou — agora é manter o compasso e não deixar o ritmo cair.
Perguntar ao ChatGPT
Comentários:
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.