No Maracanã, diante de pouco mais de 15 mil torcedores, o Fluminense reencontrou o caminho das vitórias ao bater o Grêmio por 1 a 0, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O gol solitário de Everaldo, marcado ainda no primeiro tempo após jogada aérea, pôs fim a uma incômoda série de quatro derrotas consecutivas na competição. A equipe comandada por Renato Gaúcho, pressionada por desempenhos irregulares desde o retorno do Mundial, respirou aliviada com os três pontos, ainda que a atuação não tenha sido das mais convincentes.

O duelo começou truncado, com o Grêmio melhor nos minutos iniciais. Mas foi o Fluminense quem aproveitou uma desatenção gremista para abrir o placar: cobrança de escanteio desviada por Guga e toque sutil de Everaldo, aos 43 minutos. O jogo aéreo, aliás, foi a principal arma ofensiva dos cariocas. No segundo tempo, o Grêmio tentou reagir com Braithwaite e Pavón, mas esbarrou na boa atuação de Manoel e Thiago Silva, além das falhas recorrentes na construção ofensiva. O Flu ainda teve a chance de ampliar em pênalti cobrado por Everaldo, que explodiu na trave após o goleiro Volpi saltar para o lado oposto.

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Com a vitória, o Fluminense chega a 23 pontos e volta a se aproximar do bloco intermediário da tabela, assumindo provisoriamente a 9ª colocação. A pressão sobre Renato diminui, mas o time ainda apresenta sinais de fragilidade coletiva. A oscilação desde a volta do Mundial e a eliminação precoce na Libertadores exigem mais do que lampejos: o calendário apertado e a concorrência crescente no Brasileirão 2025 não perdoam quem relaxa. Do outro lado, o Grêmio estaciona nos 20 pontos e se vê numa sequência preocupante de atuações insossas fora de casa — algo que Mano Menezes ainda não conseguiu ajustar.

É verdade que o resultado alivia a tensão, mas não mascara o jogo morno do Fluminense. A equipe carece de transição com mais intensidade e mostra dependência excessiva de bolas paradas. A boa partida de Thiago Silva, seguro mesmo com incômodo muscular, foi um alento. Já Everaldo, autor do gol e protagonista do pênalti perdido, simboliza bem o time: decisivo num lance, ineficaz no outro. O torcedor, calejado, sabe que o triunfo foi necessário — mas se quiser sonhar com algo mais que uma vaga na Sul-Americana, o Flu vai precisar parar de jogar com o freio de mão puxado. Como se diz lá na Bahia, é hora de deixar de ser "cavalo de cigano" e firmar o passo.