Internacional arranca empate no fim e revolta Corinthians no Beira-Rio
Pênalti assinalado pelo VAR reacende crise colorada e amplia tensão corintiana
A noite de quarta-feira no Beira-Rio terminou em vaia e desconfiança. Internacional e Corinthians empataram em 1 a 1, pela 26ª rodada do Brasileirão, em um duelo onde a arbitragem eletrônica voltou a roubar a cena. Gui Negão abriu o placar ainda no primeiro tempo, mas o Inter encontrou o empate apenas nos acréscimos, em pênalti convertido por Carbonero e marcado com auxílio do VAR. O público de pouco mais de 12 mil torcedores respondeu com protestos contra a diretoria, deixando claro que o alívio pelo ponto conquistado não apaga a turbulência vivida em Porto Alegre.
Do ponto de vista tático, o Corinthians se mostrou mais consistente durante boa parte do jogo. Dorival Júnior armou um sistema de cinco homens no meio, com Maycon e Raniele garantindo solidez e permitindo transições rápidas para Gui Negão e Romero. O Inter, sob comando de Ramón Díaz, encontrou dificuldade para quebrar as linhas defensivas, insistindo em cruzamentos previsíveis. O ingresso de Carbonero trouxe vitalidade, mas a produção ofensiva colorada só encontrou efetividade quando a arbitragem interveio. A sensação, para quem assistiu, foi de um Corinthians que soube se defender e de um Internacional que precisou da última instância para reagir.
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As consequências do empate não mudam a fotografia da tabela, mas acentuam pressões. O Corinthians segue em 13º, agora com 30 pontos, mantendo distância modesta da zona de perigo. Já o Inter, em 15º com 29, continua devendo desempenho compatível com suas pretensões e precisa estancar a sequência irregular para evitar que o fantasma da Série B ganhe força. Para ambos, a matemática sugere urgência: são necessários ao menos 10 pontos nas próximas rodadas para afastar riscos mais concretos.
O episódio reforça uma contradição recorrente no futebol de 2025: a tecnologia, criada para dar transparência, tem alimentado novas camadas de controvérsia. Se o Corinthians se sente prejudicado, o Inter celebra um respiro que não disfarça carências estruturais. O resultado expõe mais do que um empate: revela duas equipes aprisionadas entre a necessidade de sobreviver no campeonato e a incapacidade de oferecer um futebol convincente. No fim, fica a impressão de que os protagonistas foram menos os jogadores e mais o apito conectado às telas.
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