Juventude impõe intensidade, vence Corinthians e respira contra o rebaixamento
Time gaúcho domina em Caxias, aproveita falhas alvinegras e encerra jejum incômodo
O Alfredo Jaconi viveu, nesta segunda-feira, uma noite de reencontro entre desempenho e resultado para o Juventude. Sob o comando reestreante de Thiago Carpini, a equipe gaúcha venceu o Corinthians por 2 a 1, encerrando uma sequência de quatro derrotas no Brasileirão e somando pontos vitais para tentar deixar a penúltima posição. Gabriel Taliari abriu o placar em jogada bem trabalhada, Matheus Babi ampliou aproveitando vacilo defensivo, e Matheuzinho ainda descontou para os paulistas, que amargam cinco partidas sem vitória.
Taticamente, o Juventude mostrou-se compacto, com linhas curtas e pressão orientada para induzir erros na saída de bola corintiana. Carpini apostou em amplitude e transição veloz, explorando a vulnerabilidade nas costas dos laterais adversários. O Corinthians, com posse estéril e pouca profundidade, viu-se obrigado a tentar infiltrações pelo centro, onde o bloqueio gaúcho funcionou com disciplina. A diferença de postura ficou evidente nas disputas individuais: enquanto o time da casa buscava o segundo gol com apetite, o visitante pecava na recomposição.
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O resultado mantém o Juventude em 19º, mas com novo ânimo para a sequência, que reserva duelo direto contra o Vitória no Barradão. Já o Corinthians, 13º colocado, vê o sinal de alerta acender antes de encarar o Bahia em São Paulo — partida que será disputada com ao menos seis desfalques entre suspensões e lesões. Para um elenco que almeja reação, o calendário de agosto promete testar a fundo a consistência e a profundidade do grupo.
Fica claro que, mais do que uma vitória, o Juventude recuperou um traço essencial: a capacidade de competir nos detalhes. Não se trata de exibição exuberante, mas de saber jogar o campeonato conforme suas urgências. O Corinthians, por outro lado, repete uma rotina de erros posicionais e lentidão na execução que compromete até boas ideias. Se não ajustar a intensidade — palavra que vale ouro num Brasileirão tão nivelado —, corre o risco de trocar o discurso de evolução por uma luta ingrata na parte baixa da tabela. Como diria aqui na Bahia, é preciso "acordar cedo" antes que o campeonato amanheça sem tempo para reação.
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