O clima azedou de vez no vestiário da Internazionale após a derrota por 2 a 0 para o Fluminense, nesta segunda-feira (30), pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes 2025. Lautaro Martínez, capitão e principal referência da equipe, não mediu palavras: quem não quiser lutar pelo clube, pode ir embora. As críticas, segundo a imprensa italiana, miraram diretamente Çalhanoglu, ausente no torneio e, aparentemente, com a cabeça longe de Milão. A derrota para um time sul-americano, que jogou com alma, escancarou as rachaduras internas da gigante europeia.

Taticamente, a Inter teve posse, mas não teve fome. Com 66% de domínio da bola, os italianos rodaram o jogo sem profundidade e permitiram que o Fluminense controlasse os espaços, com uma defesa compacta e ataques cirúrgicos. Lautaro até tentou, acertou a trave, finalizou bem, mas jogou praticamente sozinho no setor ofensivo. Faltou movimentação, faltou entrega. Faltou, como se diz por aqui, aquele "sangue no olho" que um mundial exige.

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O episódio mexeu também com a moral da torcida brasileira, que celebrou não só a vitória do Fluminense, mas também a derrocada de um europeu que parecia mais preocupado com o calendário do que com a taça. Em tempos recentes, as derrotas sul-americanas para clubes europeus pareciam inevitáveis, mas 2025 já ensina que quando um time joga com o coração — como o Flu jogou —, dá pra equilibrar a balança. O Bahia de Feira bem sabe o valor de uma equipe que joga junto e acredita até o fim.

A projeção é de turbulência para a Internazionale. Se não tratar com seriedade as divergências internas, o clube pode perder peças e protagonismo na próxima temporada. Lautaro agiu como líder, mas também expôs uma ferida aberta. É preciso mais do que discursos inflamados: é hora de reestruturação. Como diria um velho conhecido das cabines baianas, "quem quiser, que vista a camisa, de verdade."