Lesão expõe peso financeiro de Neymar
Camisa dez vira custo imenso sem previsão de retorno
A confirmação da lesão no menisco do joelho esquerdo encerrou a temporada de Neymar pelo Santos e retirou do clube seu principal ativo técnico no momento mais sensível do calendário. Os exames realizados em São Paulo apontaram necessidade de tratamento prolongado, o que impede o atacante de atuar nas três rodadas finais do Brasileirão. O desconforto iniciado após o duelo com o Mirassol evoluiu de maneira rápida, e o jogador sequer foi relacionado para enfrentar o Internacional em Porto Alegre.
O impacto esportivo é evidente, mas o que chama atenção é a dimensão contratual. Neymar tem salário mensal de quatro milhões e meio de reais, valor que continuará sendo pago integralmente durante o período de afastamento. Isso representa cerca de vinte e sete milhões de reais por três meses sem atuação em campo. O contrato total, estimado em cento e cinco milhões de reais, consolida o camisa dez como o atleta mais bem remunerado do país, com diferença significativa em relação ao segundo colocado, Memphis Depay, que ganha aproximadamente um milhão e meio a menos por mês.
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A ausência prolongada compromete a estratégia esportiva do Santos e coloca pressão sobre um elenco que já sente dificuldade para sustentar rendimento no terço final do campeonato. O clube perde potência criativa e capacidade de mobilizar jogos travados, enquanto o departamento médico enfrenta um processo de recuperação que não tem prazo definido. O impacto financeiro permanece ativo, e o retorno esportivo, que justificaria o investimento, fica temporariamente suspenso.
O episódio expõe a delicada equação que envolve estrelas de grande porte no futebol brasileiro. Contratar um atleta como Neymar amplia receitas, visibilidade e projeção internacional, porém exige fôlego econômico e estrutura para absorver riscos inerentes ao alto rendimento. O Santos apostou em um ídolo que ainda movimenta mercados e narrativas, mas a lesão reforça que a lógica financeira não aceita romantismos. O clube precisa transformar o custo elevado em benefício futuro, ou verá o peso desse contrato se tornar argumento crítico em um momento de reconstrução.
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