Maria Clara recoloca Brasil no topo do taekwondo
Ouro mundial encerra jejum de vinte anos da modalidade
Maria Clara Pacheco devolveu ao Brasil o brilho que o taekwondo não via desde 2005. Nesta sexta-feira, em Wuxi, na China, a atleta de 22 anos conquistou o título mundial na categoria até 57 quilos, encerrando um jejum de vinte anos sem ouro nacional. Número um do ranking, ela superou cinco adversárias, incluindo a sul-coreana Yu-Jin Kim, atual campeã olímpica, com atuação dominante e placares consistentes. O feito repete a façanha histórica de Natália Falavigna, única campeã brasileira até então, presente na delegação como referência técnica.
A conquista se explica pela maturidade competitiva de Maria Clara. Sua leitura de distância e tempo, aliada a um controle exemplar do ritmo, neutralizou o estilo explosivo das rivais asiáticas. O uso preciso dos chutes frontais e das variações de giro demonstrou não apenas preparo físico, mas inteligência tática rara. Em uma categoria marcada pela velocidade, a brasileira soube impor cadência e decisão, equilibrando ousadia e disciplina. O desempenho evidencia o avanço metodológico da seleção, que começa a colher resultados de um ciclo olímpico de planejamento mais criterioso.
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O título mundial projeta novas ambições. Além de consolidar Maria Clara como líder incontestável do ranking, o resultado recoloca o Brasil no mapa das potências da modalidade e reforça as expectativas para Los Angeles 2028. O impacto se estende às categorias de base, que ganham um símbolo de sucesso e continuidade. A Confederação Brasileira de Taekwondo, após anos de instabilidade, encontra na jovem campeã um rosto capaz de inspirar a reconstrução esportiva e institucional do país na modalidade.
Mais do que uma vitória isolada, o ouro de Wuxi representa uma virada simbólica. Maria Clara venceu pela técnica e pela cabeça, dois pilares que definem campeões duradouros. Sua trajetória mostra que o taekwondo brasileiro amadureceu, aprendendo a competir com método, e não apenas com bravura. Em um ciclo que cobra constância e reinvenção, a nova campeã mundial oferece ao país não apenas uma medalha, mas um caminho.
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