Matheus Vidal desafia limites e quebra recorde mundial
Baiano cruza 859 metros sobre o Rio São Francisco
O baiano Matheus Vidal, conhecido como "Mago do Equilíbrio", entrou para a história ao percorrer 859 metros de slackline sobre as águas do Rio São Francisco, nos cânions de Paulo Afonso. A travessia, realizada em 55 minutos, estabeleceu um novo recorde mundial na modalidade waterline, superando a marca anterior de 750 metros, registrada na Itália em 2017. O feito, realizado em um dos cenários naturais mais emblemáticos do país, foi acompanhado por uma equipe de dez profissionais e aplaudido por atletas e moradores da região.
A conquista consolida Vidal como um dos principais nomes do slackline mundial. Três vezes campeão de highline na China e dono de múltiplos recordes técnicos, o atleta alia preparo físico extremo a uma precisão mental rara. No waterline, qualquer oscilação mínima é amplificada pelo reflexo da água e pela instabilidade do vento, o que exige concentração absoluta e controle corporal refinado. O baiano tratou o desafio como um experimento de foco e resistência, resultado de meses de planejamento e testes em condições adversas.
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O impacto do feito transcende o esporte. O recorde coloca o Brasil novamente no mapa das modalidades de equilíbrio, tradicionalmente dominadas por europeus. Além disso, valoriza o potencial do Rio São Francisco como palco de eventos esportivos de alto nível, abrindo espaço para novas iniciativas turísticas e ambientais na região. A repercussão internacional já despertou o interesse de patrocinadores e documentaristas, que veem em Vidal um símbolo de superação e identidade regional.
A façanha de Matheus Vidal é mais do que um número registrado em planilha. É a tradução física de um conceito antigo: vencer o desequilíbrio pelo domínio da mente. Ao desafiar a gravidade em nome da arte e da ciência do movimento, o baiano reafirma que o esporte é também narrativa, emoção e pertencimento. Seu equilíbrio sobre o Velho Chico é, no fundo, um gesto poético que devolve à Bahia o protagonismo na fronteira entre coragem e beleza.
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