Operário busca virada, derrota Paysandu e ganha fôlego na Série B
Equipe paraense abre vantagem, mas cede em erros repetidos e segue ameaçada
O domingo na Curuzu expôs, mais uma vez, a fragilidade de um Paysandu que não consegue transformar ímpeto inicial em solidez competitiva. Diante da própria torcida, o time paraense abriu o placar com Diogo Oliveira, mas sucumbiu diante da organização e da paciência do Operário-PR, que virou o jogo por 2 a 1 com gols de Neto Paraíba e Boschilia. O resultado interrompeu a tentativa de reação bicolor e reforçou a ascensão dos paranaenses, agora na 11ª posição da Série B, com 30 pontos em 23 rodadas.
A análise fria do confronto revela duas propostas antagônicas. O Paysandu, ainda sob forte pressão na penúltima colocação, tentou acelerar transições ofensivas, apostando em Garcez e Diogo Oliveira para explorar os lados do campo. A estratégia ruiu diante da recomposição organizada do Operário, que conteve os avanços com superioridade numérica e explorou bolas paradas como arma. Foi justamente de uma falta bem cobrada por Boschilia que nasceu o empate, convertido de cabeça por Neto Paraíba. Na etapa final, o Fantasma se impôs pela posse e pela eficiência, demonstrando maturidade tática que o rival não apresentou.
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O impacto da derrota é duplo para o Paysandu: mantém o time nos 21 pontos, em 19º lugar, empatado com o lanterna Amazonas, e mina a confiança em um momento decisivo da competição. O Operário, ao contrário, respira com mais tranquilidade no meio da tabela e projeta duelo direto contra o Coritiba em casa, onde pode consolidar a recuperação. Para o Papão, a sequência reserva confronto no Rei Pelé diante do CRB, partida que já se desenha como determinante para escapar do rebaixamento.
A leitura crítica é inevitável. O Paysandu reincide em um problema crônico: começa forte, mas se desorganiza diante da adversidade, permitindo viradas que poderiam ser evitadas. A defesa, vulnerável em bolas aéreas, e a ausência de um meio-campo que dite ritmo expõem falhas estruturais que extrapolam a simples falta de confiança. O Operário, por sua vez, mostrou como pragmatismo e disciplina podem ser mais eficazes que pressa e improviso. Em 2025, a Série B não perdoa hesitação. O time paranaense entendeu a lição; o paraense ainda insiste em ignorá-la.
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