Palmeiras aumenta faturamento e quita dívida com Allianz Parque
Clube recebe R$ 40,5 milhões e reforça estrutura financeira sólida
Em 2024, o Palmeiras comemorou um ano de arrecadação recorde no Allianz Parque, com receitas que ultrapassaram a marca de R$ 240 milhões — um crescimento de 20% em relação a 2023. O estádio, que completou dez anos de parceria com a construtora WTorre, sediou 30 jogos do Verdão e 47 eventos culturais e musicais, consolidando-se como um dos principais polos de entretenimento do país. O clube recebeu da WTorre repasse de R$ 40,5 milhões, resultado da divisão proporcional de receitas de patrocínios, camarotes, bares e locações previstas no acordo vigente até 2044.
Tecnicamente, o contrato entre Palmeiras e WTorre é modelo de gestão moderna que alia futebol e negócios para garantir sustentabilidade. A divisão de receitas em "pacotes" — com 15% do faturamento em patrocínios e 30% sobre outras receitas — cria um fluxo constante de recursos que, somado à receita integral da bilheteria, dá robustez financeira ao clube. O recente acordo que quitou a dívida de R$ 117 milhões com a construtora, envolvendo pagamentos à vista e concessões de isenções de uso por vários anos, demonstra a capacidade do Palmeiras em negociar ativos para sanar passivos e ampliar seu patrimônio.
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Esse cenário positivo serve como exemplo para clubes brasileiros que ainda enfrentam dificuldades financeiras e estruturais para consolidar seus estádios como fonte de receita. O Palmeiras mostra que é possível transformar o patrimônio imobiliário em vantagem competitiva, sem se perder em "causos de rede" ou ficar refém apenas da receita da venda de jogadores. Investir em gestão, transparência e planejamento é o caminho para o futebol sair da secura financeira e entrar na roda dos grandes negócios do esporte.
No Brasil de 2025, com o futebol cada vez mais globalizado e competitivo, a realidade do Allianz Parque reforça que é preciso mais do que tradição e paixão para crescer. O Verdão, dono de uma das torcidas mais apaixonadas do país, une isso à inteligência empresarial — uma mistura que já traz frutos e que poderá servir de modelo para equipes de outras praças, inclusive aqui na Bahia, onde a urgência por profissionalizar a gestão é um grito abafado à espera de eco.
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