Palmeiras reage com autoridade, vence o São Paulo e toma a liderança
Clássico no Morumbis expõe maturidade alviverde e desequilíbrio emocional tricolor
O Morumbis foi palco de um clássico de roteiro cinematográfico e peso de decisão. O São Paulo abriu dois gols de vantagem com Tapia e Luciano, controlava as ações e parecia pronto para frustrar o rival. No entanto, o Palmeiras, com uma virada construída em meio à pressão e à frieza tática, venceu por 3 a 2 e reassumiu a liderança do Brasileirão. Os gols de Vitor Roque, Flaco López e Ramón Sosa confirmaram o poder de reação da equipe de Abel Ferreira, enquanto o Tricolor deixou o campo revoltado com a arbitragem de Ramon Abatti Abel, especialmente pelo pênalti não assinalado em Tapia quando vencia por 2 a 0.
A partida foi, antes de tudo, um estudo sobre controle emocional e leitura de jogo. O São Paulo foi vertical, intenso e corajoso no primeiro tempo, explorando os espaços às costas de Piquerez e murando Weverton em finalizações perigosas. No intervalo, Abel reposicionou Veiga e Maurício, ajustou a pressão no meio e liberou Sosa pela esquerda. O Palmeiras voltou outro, empurrando o adversário para trás e explorando o colapso mental do rival após o primeiro gol. O domínio técnico no segundo tempo refletiu a diferença de maturidade competitiva entre os elencos.
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Com o resultado, o Palmeiras chega a 55 pontos e ultrapassa o Flamengo pelo critério de vitórias, voltando ao topo da tabela com 17 triunfos. O São Paulo, estacionado nos 38 pontos, vê o sonho de Libertadores direta mais distante e soma a terceira derrota seguida em clássicos paulistas. A reação alviverde reforça o peso simbólico da equipe de Abel, que mesmo em temporadas de instabilidade, continua a ditar o ritmo competitivo do país. Já o Tricolor volta a enfrentar uma crise recorrente: a incapacidade de sustentar vantagem em jogos grandes.
A virada no Morumbis reafirma o que o campeonato insiste em mostrar: há um abismo de mentalidade entre quem compete por títulos e quem ainda mede forças com a própria história. O Palmeiras é hoje a expressão mais acabada da regularidade emocional, e o São Paulo, o retrato de um time que ainda não aprendeu a administrar o próprio brilho. No Brasileirão de 2025, vencer o Palmeiras exige mais que futebol — exige convicção, algo que o rival parece ter deixado no vestiário ao intervalo.
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