Queda fora de campo
Julgamento marcado expõe ruptura entre carreira e responsabilidade penal
O ex atacante do Vitória Mateus Gonçalves segue preso há mais de duzentos dias sob suspeita de tráfico de drogas e associação criminosa. A Justiça de Mato Grosso do Sul marcou o julgamento para 12 de fevereiro de 2026 e manteve a prisão preventiva após negar pedido de soltura da defesa. O jogador está custodiado na Penitenciária Estadual de Dourados desde junho.
A decisão judicial se apoia no conjunto de indícios reunidos na fase de instrução. A prisão ocorreu durante operação policial em rodovia identificada como rota do tráfico, com apreensão de grande quantidade de maconha e sinais de atuação coordenada entre veículos. A presença de rádios sintonizados no mesmo canal e as confissões de parte dos envolvidos sustentam a tese de organização criminosa, ainda que a defesa reforce a inexistência de condenação definitiva.
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O caso projeta efeitos diretos sobre a trajetória profissional do atleta. Mateus foi peça do elenco campeão da Série B de 2023 e protagonista no título baiano de 2024, com atuação decisiva em clássico. Perdeu espaço, acumulou episódios de indisciplina e encerrou vínculos recentes sem sequência esportiva. Desde março, estava sem clube. O processo judicial interrompe qualquer possibilidade imediata de retomada da carreira.
O episódio expõe um limite inegociável. O futebol pode acelerar ascensões, mas não protege de escolhas fora do campo. O julgamento não antecipa culpa, porém a manutenção da prisão preventiva indica gravidade e risco avaliados pela Justiça. Para o atleta, resta responder ao processo. Para o esporte, fica o alerta de que talento não compensa responsabilidade.
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