Santos resiste com dez homens e complica Atlético dentro da Arena
Pênalti de Tiquinho salva Peixe e aumenta crise no time mineiro
A noite de domingo na Arena MRV ofereceu um retrato duro do Brasileirão 2025. Atlético-MG e Santos empataram por 1 a 1 em um duelo de alta intensidade, marcado por polêmica de arbitragem, expulsão, vaias e até ambulância em campo. Igor Gomes abriu o placar para o Galo, que jogou quase todo o segundo tempo com um homem a mais, mas viu Tiquinho Soares converter pênalti nos minutos finais e arrancar um empate que mantém o Peixe fora da zona de rebaixamento por um ponto. O Atlético, em contrapartida, soma cinco jogos sem vencer e se aproxima perigosamente da parte baixa da tabela.
Do ponto de vista técnico, o Santos surpreendeu ao assumir a iniciativa nos primeiros 45 minutos. Neymar, ainda em busca de ritmo, perdeu chance clara e foi alvo de falta dura de Scarpa, não assinalada pelo árbitro. A expulsão de Zé Ivaldo parecia selar o destino do time paulista, mas o Atlético, mesmo com superioridade numérica, insistiu em cruzamentos previsíveis. Igor Gomes, em rara infiltração bem construída, abriu o placar. A falta de repertório, no entanto, cobrou preço: o Santos sobreviveu com linhas baixas e aproveitou um erro defensivo para conquistar a penalidade que resultou no empate.
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O impacto na tabela revela trajetórias distintas, mas igualmente preocupantes. O Atlético, com 25 pontos e dois jogos a menos, flerta com a zona de rebaixamento e vê seu investimento bilionário em 2025 questionado pelos próprios torcedores, que reagiram com vaias ao apito final. O Santos, agora com 23 pontos, permanece em 16º e ganha fôlego mínimo na luta contra a queda, sustentando-se à frente do Vitória por apenas uma unidade. Ambos vivem jejuns que fragilizam o moral: cinco rodadas sem vitória para o Galo, quatro para o Peixe.
O jogo deixou clara a falha estrutural de cada lado. O Atlético exibe volume estéril, incapaz de transformar posse em resultado, e repete vícios que não condizem com a ambição de seu elenco. O Santos, por sua vez, sobrevive mais pela resiliência de seus veteranos do que por plano consistente. O empate expôs que, em 2025, a diferença entre frustração e alívio pode caber em um pênalti. Para o Galo, foi mais um sinal de alerta. Para o Peixe, um respiro que não deve ser confundido com estabilidade.
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