Sport empata no fim mas segue atolado na lanterna nacional

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Sport empata no fim mas segue atolado na lanterna nacional

Bragantino desperdiça chances claras e rubro-negro resiste com gol nos acréscimos 

📷 Reprodução: X - RedBullBraga

O empate em 1 a 1 entre Bragantino e Sport, neste domingo em Bragança Paulista, condensou a temporada de ambos: um lado incapaz de converter domínio em resultado, outro fadado à sobrevivência por espasmos. Sasha abriu o placar de pênalti no início da segunda etapa, mas Derik Lacerda, aos 48 minutos, resgatou um ponto para os pernambucanos, que ainda amargam a última posição da Série A com onze pontos em 21 rodadas. O Bragantino, por sua vez, estaciona em oitavo, distante da zona de classificação direta à Libertadores.

Do ponto de vista tático, a leitura foi clara. O Bragantino alternou pressão alta e ataques posicionais, explorando a fragilidade do sistema defensivo do Sport, especialmente nas costas dos laterais. O volume ofensivo se traduziu em 18 finalizações e duas bolas na trave. O problema foi a reincidência de um padrão já conhecido: posse e chegada, sem contundência. O Sport, limitado a um 4-4-2 reativo, careceu de articulação, mas encontrou no jogo aéreo e nos rebotes sua única válvula de escape. O gol de Derik foi produto direto dessa insistência rudimentar.

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O impacto na tabela é cruel para o Sport. O empate fora de casa tem valor moral, mas a distância para o 16º colocado Santos permanece em 12 pontos, cenário que beira a irreversibilidade com o campeonato em seu terço final. Para o Bragantino, o tropeço em casa mina a confiança em um projeto que se vendeu como candidato ao G-4 e agora se arrasta para manter ao menos vaga na Sul-Americana. A matemática, em ambos os casos, expõe a urgência de respostas que não virão apenas do discurso.

A leitura crítica não foge ao óbvio: o Bragantino precisa transformar controle em resultado e o Sport, desamparado no mercado e refém de um elenco curto, depende de lampejos como o de Derik para adiar o inevitável. A ironia, nesse caso, é que cada equipe espelha sua fragilidade no outro. Um não sabe matar, o outro apenas resiste. No futebol, resistência sem perspectiva costuma durar pouco, e domínio improdutivo cobra caro. Em 2025, as duas faces da mediocridade se encontraram em Bragança.

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Segunda, 15 Setembro 2025

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