Tombense empata em casa e confirma queda precoce à Série D
Líder com reservas segura lanterna mineiro e define rebaixamento antecipado
O empate sem gols entre Tombense e Caxias, na noite desta segunda-feira (18), no Almeidão, em Tombos, selou o rebaixamento do clube mineiro à Série D de 2026. Com apenas 13 pontos em 17 jogos, o Gavião Carcará não tem mais condições matemáticas de escapar, já que, mesmo alcançando 19, ficaria atrás de concorrentes diretos que ainda se enfrentam. O contraste foi duro: de um lado, o líder virtual, mesmo com time alternativo; do outro, a lanterna resignada, incapaz de transformar a necessidade em energia competitiva.
O Tombense tentou impor intensidade, criou chances razoáveis, mas esbarrou na falta de contundência que marcou toda a campanha. Zé Eduardo perdeu a melhor oportunidade ao chutar para fora com o goleiro vencido, enquanto Kaique exigiu defesa firme de Victor Golas. Do outro lado, o Caxias, já classificado e a um empate de confirmar a liderança, administrou a partida com reservas e quase marcou em finalização salva em cima da linha. A diferença de objetivos foi nítida: a equipe gaúcha priorizou o controle; a mineira, mesmo obrigada a vencer, oscilou entre afobação e previsibilidade.
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A queda do Tombense carrega implicações profundas. O clube, que há pouco tempo disputava a Série B, vê o projeto de consolidação nacional se desmanchar em apenas duas temporadas. O rebaixamento à quarta divisão traz risco de esvaziamento esportivo e financeiro, além de questionar a sustentabilidade de um modelo que parecia estável até 2022. Já o Caxias, com 37 pontos, mantém a consistência que o coloca como candidato natural ao acesso, mesmo poupando atletas nesta reta final. A tabela, portanto, ilustra dois extremos: um que planeja o futuro em cima, outro que precisa repensar o próprio presente.
O drama mineiro não se explica por um único fator. O Tombense falhou na montagem do elenco, sofreu com instabilidade tática e mostrou desconexão entre proposta e execução. Reagir só nas últimas rodadas é pouco quando a Série C cobra regularidade desde abril. A passividade diante dos reservas do líder acentuou essa contradição: não faltou esforço, mas sobrou limitação. E, como se diz na Bahia, quem não mata a fome no prato, acaba lambendo o osso — lição dura para um clube que precisará reinventar-se se quiser voltar a respirar no cenário nacional.
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