Vasco vence o Vitória em duelo insano que expõe fragilidades de ambos

EsportesResistência e caos

Vasco vence o Vitória em duelo insano que expõe fragilidades de ambos

Cariocas respiram após gol nos acréscimos enquanto baianos flertam com o desespero

📷 Reprodução: X - VascodaGama

O jogo em São Januário, neste domingo, ultrapassou a fronteira do mero entretenimento esportivo e beirou o caos controlado. O Vasco derrotou o Vitória por 4 a 3 num duelo que reuniu viradas, expulsões, polêmicas e uma dose de drama digna de roteiro. Nuno Moreira abriu o placar, Rayan marcou duas vezes, GB decidiu nos acréscimos, enquanto Cáceres, Lucas Halter e Cantalapiedra tentaram manter viva a esperança rubro-negra. A vitória recoloca o time de Fernando Diniz oito pontos acima da zona de rebaixamento e freia a sequência negativa pós-Palmeiras.

Tecnicamente, o confronto foi um retrato da temporada de ambos: intensidade desordenada. O Vasco manteve 68% de posse, trocou mais de 600 passes e, ainda assim, sofreu com o desajuste entre as linhas. O Vitória, fiel à proposta reativa de Jair Ventura, teve lampejos de eficiência ofensiva, mas sucumbiu ao desequilíbrio emocional após a polêmica expulsão de Halter. Diniz insistiu no jogo apoiado pelos laterais, explorando a vulnerabilidade dos alas baianos. O gol de GB, aos 51 do segundo tempo, nasceu justamente dessa insistência no flanco, coroando a insistência técnica que faltava nas últimas rodadas.

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O resultado altera significativamente o horizonte de cada um. O Vasco ganha fôlego e volta a olhar para a parte intermediária da tabela, enquanto o Vitória segue atolado no grupo dos quatro últimos, agora com 25 pontos em 27 jogos. A sequência é cruel para os baianos, que enfrentam Bahia e Cruzeiro nas próximas rodadas — ambos em ascensão. Em Salvador, o clima já é de apreensão com o risco de retorno imediato à Série B, algo que a torcida considerava impensável após o início promissor de 2025.

A leitura que se impõe é clara: o placar não mascara as deficiências. O Vasco venceu mais pela persistência que pela consistência, e o Vitória perdeu mais pela instabilidade emocional que pela limitação técnica. O futebol de Diniz continua refém do improviso, e o de Jair, da reação tardia. Em um Brasileirão cada vez mais nivelado pela irregularidade, a partida foi um microcosmo da temporada: emoção em excesso, organização de menos. E no fim, venceu quem suportou melhor o próprio caos. 

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Quarta, 22 Outubro 2025

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