O Estádio Raulino de Oliveira viveu uma noite de respiro e emoção. O Volta Redonda venceu o Atlético-GO por 3 a 0, pela 32ª rodada da Série B, e deixou a lanterna para trás. Diante de um público modesto, o Esquadrão de Aço construiu o placar com autoridade no segundo tempo. Ygor Catatau abriu o caminho com um gol de redenção após dois anos afastado dos gramados, seguido por Marquinhos e pelo veterano Bruno Barra, símbolo de resistência aos 39 anos.

A equipe de Rafael Lacerda soube transformar intensidade em estrutura. A recomposição rápida e a compactação defensiva anularam o toque de bola goiano, enquanto as transições ofensivas foram letais. Catatau, flutuando entre as linhas, foi o termômetro técnico de um time que jogou no limite físico. O Voltaço executou o plano tático com precisão, explorando as brechas do 4-3-3 de Rogério Corrêa e punindo a lentidão da defesa adversária.

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O resultado muda o horizonte da temporada. Com os três pontos, o Volta Redonda chega a 34 e sobe para a 17ª posição, a apenas dois da salvação. A tabela ainda é cruel, mas o impacto psicológico da vitória pode redefinir o enredo das últimas rodadas. Já o Atlético-GO estaciona nos 45 pontos e perde fôlego na briga pelo acesso, vitimado pela irregularidade que marca sua campanha.

Mais que um triunfo, foi um ato de resistência emocional. O gol de Catatau transcendeu o placar e simbolizou a reconstrução de um jogador e de um clube que se recusa a aceitar o rebaixamento como destino. Se houver fôlego para manter a entrega e o rigor tático mostrados nesta noite, o Voltaço provará que o coração ainda é um argumento legítimo no futebol. 

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