Willian Bigode decide, América-MG vence e empurra Volta Redonda ao desespero
Dois gols do veterano garantem respiro mineiro e aprofundam crise do Voltaço
O Independência assistiu a um jogo de sobrevivência. América-MG e Volta Redonda, ambos ameaçados pelo rebaixamento, se enfrentaram na noite desta segunda-feira em Belo Horizonte. A vitória por 2 a 1, construída nos pés experientes de Willian Bigode, devolveu fôlego ao Coelho, que subiu ao 15º lugar com 33 pontos, três acima do Z-4. O Voltaço, por sua vez, estacionou nos 30 pontos, mantendo-se em 17º, agora com a sombra ainda mais pesada da Série C.
Tecnicamente, o jogo expôs duas realidades distintas. O América, mesmo pressionado, mostrou organização no 4-4-2 de Alberto Valentim, apostando na experiência de Bigode e na segurança defensiva de Ricardo Silva. O Volta Redonda tentou resistir com mobilidade no 4-3-3, mas sofreu para manter consistência, sobretudo após ceder espaços entre as linhas. O desconto de Sánchez, em cobrança de pênalti, foi insuficiente diante da eficiência mineira, que se apoiou na leitura e no oportunismo do seu atacante veterano.
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A consequência imediata é clara: o América abriu uma margem mínima, mas crucial, na tabela. A próxima rodada contra a Ferroviária, em Araraquara, ganha contornos decisivos para consolidar a recuperação. Já o Volta Redonda entra em território de urgência máxima. O duelo contra o Goiás, em casa, assume caráter de final antecipada. Os próximos dez pontos em disputa podem definir se a equipe fluminense seguirá no cenário nacional ou será engolida pela instabilidade estrutural da Série C.
O jogo, além do placar, reforça uma reflexão: o América sobreviveu mais pela resiliência de um atleta de 38 anos do que por um plano coletivo consistente. Willian Bigode, muitas vezes questionado por desgaste físico, provou que ainda tem fôlego para ser decisivo. Mas depender de lampejos individuais em um campeonato longo é um risco que cobra juros altos. Se não evoluir como conjunto, o Coelho seguirá refém da matemática. E, na Série B de 2025, números costumam ser mais implacáveis do que talentos isolados.
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