Após três quedas consecutivas, valor da cesta básica volta subir em Feira de Santana

Geral3,23% mais caro

Após três quedas consecutivas, valor da cesta básica volta subir em Feira de Santana

No ano, a cesta acumulou alta de 6,16% 

Crédito: Divulgação

O valor da cesta em Feira de Santana passou a custar R$ 549,01 no mês de junho de 2023, segundo pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Feira de Santana, através do programa "Conhecendo a Economia Feirense: o custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos".

Este valor representou um aumento de 3,23% em comparação com o mês de maio. Esse aumento interrompeu uma sequência de três meses seguidos de queda. O valor da cesta acumula elevação de 5,33% nos últimos 12 meses. Os alimentos pesquisados são definidos pelo Decreto-Lei Nº 399, de 30 de abril de 1938, que estabelece 12 produtos alimentares (arroz, feijão, farinha, carne, tomate, banana, óleo, café, leite, açúcar, pão e manteiga) e suas respectivas quantidades). 

Segundo a pesquisa, o tomate, que representa as verduras na cesta, foi o vilão do mês com aumento de 35,56%. Além do tomate, o óleo de soja e a banana-prata registraram elevações nos preços de 4,95% e 1,89%, respectivamente. Os demais nove produtos que compõem a cesta apresentaram queda nos seus preços, com destaque para o feijão (10,75%), a manteiga (-6,33%) e o café (-4,15%).

No último trimestre (abril/maio/junho) destaca-se, de um lado, a queda nos preços do óleo de soja (-12%) e da banana (-9,24%) e, de outro, a elevação nos preços do tomate (34,49%) seguido de longe pelo arroz (5,98%). No ano (janeiro a junho/23), a cesta acumulou alta de 6,16% e nos últimos 12 meses (junho/22 a junho/23), o valor da cesta subiu 5,33%. Nesse último período, sete produtos registraram aumento de preço, destacando-se a farinha de mandioca (38,88%), o tomate (24,67%) e a manteiga (10,8%). Já o óleo de soja e o feijão apresentaram as maiores reduções nos preços, 31,45% e 9,62%, respectivamente.

A despeito da queda recente entre fevereiro e maio e do movimento descendente de julho a outubro de 2022, a tendência predominante é de elevação do valor mensal da cesta.

Quanto à participação do alimento (preço médio x quantidade estabelecida) na composição do custo da cesta em junho, a carne permanece como o item que mais pesa na sacola de compras do feirense. Com a aquisição da carne, o cidadão gasta 22,61% de todo o valor destinado à alimentação, seguido do tomate (18,67%) e do pão (15,29%). O almoço tradicional do feirense composto por arroz, feijão, carne e farinha, correspondeu a 36,86% do valor da cesta básica de junho, percentual inferior ao observado em maio (39,28%). A redução observada nos preços de todos produtos consumidos no almoço, em particular do feijão (-10,75%), explica essa queda na participação. Já o café da manhã, que reúne pão, manteiga, café, leite e açúcar, representou 33,54% do custo da cesta, percentual também inferior ao do mês anterior (35,47%).

Sobre à participação dos alimentos da cesta no salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), constata-se que o trabalhador de Feira de Santana comprometeu 44,96% do seu ganho com a aquisição dos 12 produtos em junho, Trata-se de um comprometimento superior em 1,4 p.p. (ponto percentual) que o calculado em maio (43,56%). Quanto ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, verifica-se um dispêndio de 98 horas e 55 minutos.

 

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