Na manhã desta segunda-feira (16), a Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana promoveu uma formação com gestores de todas as escolas da rede municipal, com foco no Censo Escolar 2025. O encontro, que ocorre anualmente, teve como objetivo orientar os diretores sobre as atualizações e novas exigências no preenchimento dos dados educacionais.

O secretário de Educação e vice-prefeito, Pablo Roberto, destacou a importância da participação ativa dos gestores em todas as etapas do processo, assegurando que os dados enviados ao Censo Escolar reflitam com precisão a realidade das escolas. "É a partir desses dados que são garantidos os direitos e recursos destinados à melhoria da educação pública", pontuou.

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A capacitação foi conduzida por Lênio Lins, chefe da Divisão de Informações Educacionais (DIE), que ressaltou a importância da formação para garantir qualidade e exatidão nas informações. "Esse momento é fundamental para esclarecer dúvidas, entender as dificuldades dos gestores e oferecer o suporte necessário para que o processo de atualização aconteça de forma eficiente", explicou.

Segundo ele, a atualização de dados envolve informações como cadastro de estudantes, estrutura física das escolas, aquisição de equipamentos, reformas realizadas e dados dos próprios diretores, como formação acadêmica, especialização, mestrado ou doutorado.

Entre as novidades do Censo 2025 estão os novos campos obrigatórios, como a identificação detalhada de estudantes indígenas — incluindo origem e etnia — e dados sobre alunos com transtornos, que passam a ser declarados pela primeira vez. Essas mudanças já foram incorporadas ao Sistema Integrado de Educação do município e demandam maior atenção das equipes escolares.

Lênio também enfatizou que os dados do Censo têm impacto direto no financiamento da educação. "Trabalhamos com dois sistemas: o interno, que consolida todas as informações da rede, e o nacional, que recebe os dados exportados. Essas informações são fundamentais para garantir os recursos que sustentam e ampliam as políticas educacionais", afirmou.

Esses dados influenciam diretamente no cálculo dos repasses financeiros para o município, considerando o número de alunos, tempo de permanência na escola (parcial ou integral), atendimento a estudantes com deficiência e oferta de alimentação escolar.

"Se a escola informa que possui alunos com deficiência e uma sala de recursos, ela pode receber investimentos voltados à acessibilidade, como rampas e banheiros adaptados, além de recursos para estruturar o espaço com equipamentos adequados", exemplificou.

Além dos repasses diretos, o Censo também possibilita o acesso a programas federais, como o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e o Programa de Ações Articuladas (PAR), ampliando as oportunidades de investimento em infraestrutura e no atendimento aos estudantes.