Maior simulado de desastre em massa do mundo volta acontecer em Feira de Santana

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Maior simulado de desastre em massa do mundo volta acontecer em Feira de Santana

Cidem é sediado na UEFS 

Crédito: Mário Sepúlveda/FE

Na quinta-feira (24), teve início o Congresso Internacional de Desastres em Massa (Cidem), uma iniciativa do Programa de Extensão Laboratório de Comunidade (Prolac), do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). No auditório da UEFS o público assistiu as palestras ministradas por especialistas nacionais e internacionais pela manhã e, à noite, aconteceu a cerimônia de abertura do evento com apresentações culturais.

Professor Jeidson Marques, idealizador do projeto, diz que o objetivo é promover a integração de forças militares e civis, envolvidas na prevenção e atendimento a desastres, além da qualificação profissional e da população diante de situações de desastres em massa. "Criei esse projeto aqui na UEFS em 2014, com a proposta de ajudar a integrar as instituições que agem em desastres, um desafio para o mundo, que é fazer as instituições agirem conjuntamente, protegendo mais em uma ação integrada. A partir disso, realizamos vários eventos, em 2015 aconteceu novamente na UEFS, em 2016 fomos convidados pelo governo do estado para fazer o evento na Fonte Nova, para olimpíadas e 2018 ele voltou para Feira e agora, após 5 anos, depois de uma pandemia, voltamos a realizar aqui na UEFS. Lembrando que, tratamos de desastre e a pandemia foi um desastre biológico que o mundo viveu".

O professor diz que esse projeto é referência mundial e quem quiser fazer parte tem que vir à Feira, pois, não acontece em outras cidades do estado. Ele destaca a importância de Feira estar preparada para lidar com acidentes que são transportados em carretas, por se tratar de um entroncamento rodoviário.

"Quem participa, troca experiências conosco e reforça para que possamos integrar as forças municipais, estaduais e federais. Tivemos também o dia de cursos pré-projetos, inclusive, sobre prevenção de pânico nas escolas, que é um tema que está em alta em todo mundo. Tivemos na quinta-feira, várias palestras relacionadas ao tema central que é: Inundações, Desastre com Barragem e produtos Perigosos. Excepcionalmente, produtos perigosos, é um tema de alta importância para Feira de Santana, porque passam 300 carretas diariamente, com componentes perigosos que podem causar acidentes a qualquer momento. Então, saber agir diante de casos como esses é muito importante", ressalta.

Sábado (26), das 8h às 12h, será realizado o maior Simulado de Desastres com Barragens e Inundação do mundo, que acontecerá na área de treinamento montada na UEFS. A atividade envolverá agentes de diversos órgãos como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Clériston Andrade, além de centenas de figurantes.

"Até sexta-feira (24), acontecem diversas palestras de várias pessoas do Brasil e do mundo, são cinco países confirmados participantes, temos alguns como participantes, mas palestrantes são 5 e nós temos alguns como participantes, mas palestrantes são 5. No sábado, 26, acontecerá o grande atrativo desse evento que é um grande simulado de desastres já feito no mundo. Com aproximadamente, 5 mil pessoas dentro da universidade para reconstruir desastres como Brumadinho, Mariana, Lajedinho para que os agentes treinem e quando acontecer uma situação como esta, darem resposta. Feira de Santana hoje é um exemplo para o mundo, pois, há mais de 10 anos, a cidade vem se preparando com treinamentos nesse sentido. Tem coisas a serem melhoradas como a Defesa Civil que precisa ser fortalecida e apoiada, porque é quem faz a prevenção e monitoramento para evitar situações de catástrofes. Tem outras instituições e o SAMU que fazem treinamentos também eventualmente e isso ajuda a integrar. Esse projeto que acontece há mais de 10 anos, já torna a cidade mais protegida, sendo referência para o mundo. Mesmo em países que têm muita experiência e treinamento contra desastres, como Japão e Estados Unidos, ao se deparar com desastres, tiveram dificuldade, justamente por não integrar as instituições", explica.

O coordenador do projeto e um dos palestrantes, o professor Carlos Estrela, salienta que países como Japão e França abraçaram o Cidem. "O tema desastre não é algo, como aconteceu com a covid, é uma situação que acontece em diversos pontos, diariamente estamos testemunhando fatos deste tipo. O Cidem tem como objetivo, chamar atenção para esse tema que ainda não tem tanta visibilidade e visa a integração das forças, para que o momento que precise de uma resposta rápida e o melhor resultado seja oferecido à comunidade afetada. Ele é um projeto humanístico, ele é um projeto internacional e já tem chegado em outros países. O nosso mentor já foi ao Japão e a França, apresentar outros países que realmente abraçaram o projeto. Neste sábado, teremos o grande simulado para testar forças e respostas às situações desta natureza", detalha.

Fábio Farias, que trabalha com saneamento básico, aprovou a iniciativa. "Muito boa! Principalmente para quem trabalha na minha área de saneamento básico. Todos os pontos abordados são muito importantes, apesar de estarmos apenas começando, já trouxe informações fundamentais. Como trabalhamos com obra, procuramos sempre aprender o máximo para evitar desastres", defende.

 

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Terça, 14 Mai 2024

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