Pesquisas em supermercados indicam inflação maior que as apresentadas pelo IBGE

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Pesquisas em supermercados indicam inflação maior que as apresentadas pelo IBGE

São artigos considerados de primeira necessidade 

Crédito: Mário Sepúlveda/FE

Em virtude da elevada inflação no ano passado, em reunião de pautas em janeiro, a equipe do Jornal Folha do Estado entendeu que deveríamos realizar levantamento de preços de artigos considerados de primeira necessidade na mesa e na vida das pessoas. Para mostrarmos a realidade, sem estarmos garroteados aos índices levantados por órgãos oficiais que, às vezes, são levados a dúvida pelo entendimento que pressões da área econômica podem influir em resultados.

Diante disso, fizemos a primeira pesquisa em 8 de fevereiro, escolhendo a maior rede de supermercados e o maior atacadão varejista, com os mesmos itens e as mesmas marcas, para que chegássemos perto da realidade do que acontece com outros produtos não elencados. Com base nos preços da primeira pesquisa, no mês de maio, realizamos a segunda, obedecendo os mesmos critérios citados acima, nos mesmos locais de venda. A inflação encontrada nos três meses foi de: 30,03%. Um golpe de morte no salário do trabalhador, mas também um rombo nas economias dos mais abastados.

De maio a 13 de outubro deste ano, a cesta que custava R$ 205,32 em fevereiro e R$ 268,78 em maio passou a custar R$ 303,71 em outubro. Teve, portanto, um aumento de 13% entre maio e outubro. Se aplicarmos a diferença dos produtos comprados em 8 de fevereiro e os itens comprados agora, até dia 13 de outubro, 8 meses, portanto, foi de 47,02%. Agora o IBGE, depois de ter apontado uma deflação de preços durante os meses de agosto a setembro deste ano, que o acumulado foi de 1,17%, já a previsão, do Instituto, para outubro está na crescente, apontando 0,16%. O alarmante disso tudo é que o IBGE anunciou índice de inflação até outubro de: 7,17%. Só para lembrar que no início do ano, os carros de som carregados anunciavam: "30 ovos por 10 reais" pelas ruas da cidade.

Agora, o ovo subiu e são 30 ovos por 17 reais, item que é o principal alimento das famílias de baixa renda. E observem que não incluímos esse item nas três pesquisas. Agora espera-se que a gasolina, logo após as eleições, não suba imediatamente para que o IBGE possa celebrar a inflação baixa que ele publica.

Confira, na tabela publicada nesta página, a evolução dos preços no período pesquisado.
 

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Sábado, 20 Abril 2024

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