Preço da cesta básica em Feira de Santana volta subir após quatro meses em queda

GeralSaiba mais

Preço da cesta básica em Feira de Santana volta subir após quatro meses em queda

Cesta básica custa R$ 503,24 em novembro 

Crédito: Divulgação
O valor da cesta básica de Feira de Santana sofreu elevação de 2,28% em novembro e alcançou R$ 503,24. Trata-se do primeiro aumento após quatro meses seguidos de queda do valor desse conjunto de alimentos.

Segundo a pesquisa "Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos", promovida pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), a definição de cesta básica toma como referência a ração essencial mínima, regulamentada pela Lei Federal n° 399/1938, que dispõe sobre os produtos e suas quantidades suficientes para o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta. 

São pesquisados 12 produtos (arroz, feijão, farinha, carne, legume, fruta, óleo, café, leite, açúcar, pão e manteiga), conforme regulamenta o Decreto-Lei n° 399/1938, em cerca de 40 estabelecimentos comerciais, reconhecidamente relevantes para aquisição de alimentos na cidade de Feira de Santana. 

Sobre o resultado da pesquisa feita em novembro, a equipe informa que apenas três alimentos apresentaram queda de preço médio: leite (-6,47%), açúcar (-2,54%) e carne (-0,42%). Dos nove alimentos que registraram alta de preço, aqueles com maiores altas foram tomate (15,80%), farinha (6,54%), feijão (4,20%) e manteiga (4,16%).

No trimestre, o valor da cesta básica teve elevação de 0,20%, puxada, principalmente, pelo tomate (24,62%) e farinha (8,79%). Nesses três meses, a maior queda foi do leite (-18,54%). Quando a referência são os últimos 12 meses, a elevação do valor da cesta chega a 10,50%. E os maiores vilões, nesse caso, são a farinha (42,96%), o leite (36,35%), a manteiga (36,16%), a carne (35,62%) e a banana (33,05%). Os únicos alimentos a apresentarem queda nos 12 meses foram o tomate (-22,31%) e a carne (-1,34%).

Quanto à importância do alimento (preço médio e quantidade estabelecida) na composição da cesta em novembro, verifica-se que a carne permanece se mantém como o item que mais pesa na sacola de compras do feirense. Com a aquisição da carne, o cidadão gastou 25,62% de todo o valor destinado à alimentação. O pão também se mantém como o segundo item mais representativo na composição da cesta básica, tendo representado 15,85% do custo da cesta em novembro.

Focando nas duas refeições mais importantes, percebe-se que o prato de almoço do feirense (arroz, feijão e carne) correspondeu a 36,15% do valor da cesta básica de novembro, percentual um pouco inferior ao observado em outubro, 36,75%. O café da manhã (pão, manteiga, café e leite) representou 34,11% do custo da cesta, percentual também inferior ao verificado no mês anterior, de 35,06%.

No que se refere à participação dos alimentos da cesta no salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), constata-se que o trabalhador de Feira de Santana comprometeu 44,89% do seu ganho com a aquisição dos 12 produtos em novembro. Trata-se de um comprometimento de um ponto percentual maior que o calculado em outubro (43,89%). Quanto ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, verifica-se um dispêndio de 98 horas e 45 minutos, o que significa um aumento de duas horas e 12 minutos do tempo de trabalho do feirense que recebe o salário mínimo para adquirir a cesta em relação ao observado no mês anterior.

 

Comentários:

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Já Registrado? Acesse sua conta
Visitante
Sábado, 18 Mai 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.jornalfolhadoestado.com/