'Se o Estado não pagar precatórios com juros, entraremos em greve', diz diretora da APLB Feira

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'Se o Estado não pagar precatórios com juros, entraremos em greve', diz diretora da APLB Feira

Reclamação é com relação ao pagamento da segunda parcela dos precatórios 

Crédito: Divulgação

A entidade sindical que representa os professores municipais e estaduais, a APLB, está marcando para esta semana uma série de mobilizações, sendo a primeira na tarde desta segunda (24) no Ministério Público e as 14hs na SEDUC (Secretária Municipal de Educação), na quinta-feira (27), a entidade organiza paralisação com professores da rede estadual de ensino.

Em entrevista ao Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM, concedida na manhã desta segunda (24), a sindicalista Marlede Oliveira, presidente da APLB Feira, detalhou como serão as duas ações.

"Nessa segunda, dia 24 de julho, teremos a nossa Agenda de Mobilização com início às 14h, no Ministério Público do Estado, ao lado de mães e pais de crianças com deficiência iremos solicitar um posicionamento em relação a falta de professores e funcionários da educação, em especial os auxiliares para acompanhar as crianças com deficiência na rede municipal, são várias crianças que estão fora da sala de aula, os pais estão reclamando, inclusive indo ao sindicato também. Tem dia que algumas escolas não tem aula devido a falta de professores, é um caos que estamos vivendo", disse.

Pagamento Parcelado dos Salários

"Nossa outra pauta é com relação ao pagamento integral dos salários, mas o prefeito Colbert Martins Filho (MDB), insiste em pagar parcelado. Há uma decisão do juiz Nunisvaldo, se esse mês ele não pagar, pediremos a prisão dele, porque justiça é para ser obedecida, não é só sindicalista, professor e trabalhador que deve ser obediente as leis e a justiça, o prefeito também será penalizado caso este mês ele não pague os salários de forma integral. Tem o reajuste, que ele não deu até hoje à categoria, o nosso piso desde janeiro, hoje é 24 de julho e até o momento, nenhum valor de reajuste para professores e demais funcionários públicos em Feira. Há também a questão do enquadramento, que também ganhamos na justiça, à secretária de Educação, Anaci Paim e o prefeito Colbert foi dado o prazo de 90 dias para divulgar a lista com mais de 600 professores que tem direito ao enquadramento, há a questão do pagamento dos precatórios, que está bloqueado, entramos com um recurso, os aposentados podem ficar tranquilos, pois ganharemos esse processo, porque precatório tem lei que determina o pagamento e não será Feira de Santana que ficará de fora, conseguiram essa questão do bloqueio, mas já recorremos e estamos aguardando. Temos também a questão dos professores sem reserva de carga horária, é uma pauta de 13 itens que precisamos que seja resolvido, em audiência com a professora Anaci semana passada, marcamos para hoje, iremos primeiro ao Ministério Público, em seguida a SEDUC para cobrar resposta acerca da nossa pauta, porque dinheiro em Feira existe, mas a administração está muito ruim do prefeito Colbert e da professora Anaci, o caos não é somente na saúde, mas também na educação, são alunos sem professores e professores sem reajuste. Temos um plano de carreira do ano de 1992, que não se consegue reformular, Colbert mandou para a Câmara a reformulação dos cargos em Feira sem discutir com os sindicatos, quando a Câmara retornar do recesso poderemos discutir, há também as eleições para as diretorias de escolas. Hoje estaremos nos Ministério Público para cobrar do promotor quais as medidas que ele tomou contra o governo municipal para esse caos que estamos vivendo na educação", afirmou.

Ações do sindicato para o Governo do Estado

Marlede reiterou que a ação do sindicato no que se refere ao Estado é com relação ao pagamento da segunda parcela dos precatórios, desta vez com juros, diferente do que foi feito na primeira parcela e afirma, que se não houver acordo, os professores deflagrarão greve.

"O governo do Estado teve em caixa, R$ 3 bilhões, o estado pagou os precatórios aos professores ano passado, mas sem juros, tentamos negociar, tivemos muitas mobilizações ainda no governo de Rui Costa (PT), o caso está na justiça, o governo Jerônimo terá de pagar os juros também do ano passado, agora está entrando recursos na conta do governo do Estado, estamos conversando, quinta (27) tem paralisação, será divulgado amanhã o anúncio desta paralisação da rede estadual, com manifestação as 9h na Secretaria Estadual de Educação, o governo está sentando conosco, mas não bateu o martelo com relação a pagar os 60% dos R$ 3 bilhões com os juros, e se não pagar entraremos em greve. O piso o governo pagou parcelado, alguns professores não receberam o piso dos 14,95%, porque estavam com ações na justiça, alguns aposentados no grau abaixo de 03, o governo do Estado não deu, e quanto ao restante da categoria houve o pagamento parcelado, com retroativo a março e o restante agora em julho. Com relação ao precatório, não adianta as audiências com Jerônimo, nós queremos o pagamento dos precatório da rede estadual com juros. Pelo que estou sabendo, algumas escolas foram municipalizadas, farei uma visita a esta escola Eraldo Tinoco para saber dessa questão, porque essas escolas recebem recursos da rede estadual para fazer limpeza, capinação, tem muita verba que vem para as escolas., o que está faltando é administração, farei uma visita a escola para cobrar tanto do governo, quanto de quem está administrando, que não pode uma escola estar cheia de mato, a APLB continua com a sua luta", concluiu. 

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