IA gerou relatório que embasou ataque dos EUA e Israel ao Irã, diz general
Denúncia é de major-general especialista em segurança e geopolítica
O ataque de Israel ao Irã, com apoio dos EUA, foi justificado por um relatório da AIEA baseado em análises de inteligência artificial. A denúncia foi feita pelo major-general português Agostinho Costa. Ele alertou que essa seria "a primeira guerra iniciada por IA" e destacou que faltam evidências concretas no relatório, baseado em projeções feitas pelo software Mosaic.
Segundo o general à Agência Brasil, o programa Mosaic, usado pela AIEA e desenvolvido pela empresa norte-americana Palantir, foi originalmente criado para guerra ao terror e contratado por €41 milhões. Costa critica seu uso para fundamentar ações militares, considerando-o um abuso do poder da IA e um risco geopolítico moderno.
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O relatório da AIEA, aprovado em 6 de junho, afirmou que o Irã não vinha cumprindo obrigações de inspeção nuclear. Apesar de não apresentar provas de um programa armamentista, ele foi usado como base para o ataque. Após o conflito, o Irã suspendeu a cooperação com a AIEA e reafirmou o caráter pacífico do programa nuclear iraniano.
Agostinho Costa e outros especialistas reforçam que o enriquecimento de urânio a 60% pelo Irã não é suficiente para produção de armas nucleares. O país, que estava em negociação com os EUA, negou qualquer intenção militar e condenou o ataque, enquanto Israel segue sem aderir ao Tratado de Não Proliferação Nuclear.
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