O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou a abertura um inquérito para apurar se a Petrobras cobra mais do petróleo que vende para a Refinaria de Landulpho Alves, localizada na Bahia e que foi privatizada no fim de 2021. O pedido foi aprovado pela de maneira unânime pelo conselho e se tornou um inquérito do tribunal administrativo.

O pedido de início das investigações, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, foi feito pelo conselheiro Gustavo Augusto de Lima e aceito pelos demais conselheiros. Foram abertas duas linhas de investigações. Na primeira, o fundo Mubadala, dos Emirados Árabes, dono da refinaria, seria vítima, já que paga mais caro pelo petróleo. Na segunda, a refinaria é investigada por cobrar mais caro pelo combustível vendido na Bahia, onde mantém o monopólio do produto.

A denúncia ao Cade foi feita em março deste ano pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivado de Petróleo da Bahia (Sindicombustíveis-BA), que reclama dos seguidos aumentos de preços no combustível desde que a refinaria foi privatizada pela Petrobras e vendida ao fundo árabe.

Inicialmente, a Superintendência Geraldo Cade não concordou com a argumentação e arquivou o pedido. No entanto, Lima apontou que o preço cobrado em outros estados é mais barato, mesmo que na Bahia seja pago um valor menor de frete para os postos de gasolina. Como os demais conselheiros concordaram com a argumentação, o inquérito foi aberto.