Primeira estimativa para safra baiana de grãos em 2023 é de queda

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Primeira estimativa para safra baiana de grãos em 2023 é de queda

Valores representam uma redução de 3,3%

Crédito: Divulgação/Aiba

A primeira estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2023 prevê, em janeiro, que a produção deve chegar a 10.988.805 toneladas neste ano. Isso representa uma redução de 3,3% (ou menos 372.902 toneladas) em relação ao recorde de 2022 (11.361.707 toneladas).

Assim como já sinalizado pelos três prognósticos feitos em outubro, novembro e dezembro do ano passado, dentre as 12 safras de cereais, leguminosas e oleaginosas pesquisadas na Bahia, apenas o amendoim 2ª safra tem previsão de variação positiva na quantidade colhida, em 2023: mais 10 toneladas (+0,4%), chegando a uma produção de 2.486 toneladas.

Por outro lado, esta primeira estimativa mantém que a maior previsão de queda absoluta, entre os grãos, deve ocorrer na produção de soja: menos 177.186 toneladas ou -2,4%, chegando a uma safra de 7.063.494 toneladas em 2023. Já em termos relativos, a maior perda deve vir do milho 2ª safra, com uma produção de 520.780 toneladas, 19,9% menor que a de 2022 (-129.220 t.).

Tanto no caso da soja quanto do milho 2ª safra, a previsão é de queda no rendimento médio (produtividade), com as áreas plantadas e colhidas mantendo-se, até o momento, as mesmas de 2022. O rendimento da soja deve se reduzir de 3.972 kg/hectare para 3.875 kg/hectare; já o do milho 2ª safra deve recuar de 2.500 kg/hectare para 2.003 kg/hectare.

As estimativas para essas duas culturas na Bahia vão na contramão do previsto para o Brasil como um todo, onde ambas devem ter safras recordes em 2023, de 147,5 milhões e 93,1 milhões de toneladas, respectivamente.

A soja e o milho devem ser justamente os principais destaques positivos da safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas, que pode alcançar novo recorde em 2023: 302 milhões de toneladas, 14,7% ou 38,8 milhões de toneladas maior do que a de 2022 (que havia sido de 263,2 milhões de toneladas).

Mesmo com a previsão de colher 3,3% menos neste ano, a Bahia ainda deve ter a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,6% do total nacional (frente a uma participação de 4,3% em 2022). Mato Grosso continua na liderança (29,3%), seguido por Paraná (14,9%) e Rio Grande do Sul (13%).

Todas as informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol. 

 

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